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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Dizeres e Ditos na Carta Gastronómica de Bragança

Sr. Viriato do Nascimento Rodrigues80 anos, vive em Pinela. 
Comia-se caldo de couves todos os dias. Passotas, eram boas.
Vitela só em dias de festa. Comiam-se uns franguinhos estufados. Sopa: entrou-se muito na fidalguice, antes dizia-se caldo. As casas grandes compravam feixes de bacalhau. O presunto reservava-se para a época dos trabalhos.
Quem tinha cabras fazia queijo. Cabrito comia-se de longe em longe, nós éramos dos que comíamos bem. Pão centeio nunca se acabava, o trigo destinava-se à matança.
Se se fosse pequenino e estivesse doente faziam-lhe uma malguinha de sopas de alho. No Entrudo butelo, chouriço e salpicão, na Páscoa folar, um bocadinho de carne de cabrito. Cabra velha ia à feira. Polvo só na Consoada, mais rábanos e couves. A vindima e o mata porco eram a festa dos lavradores. Os homens pisavam as uvas, as mulheres, umas ajudavam a apanhar as uvas para o lagar, as outras iam para a cozinha. Fazia-se uma sardinhada em lenha de vides da parreira, porque não dão gosto de lenha à comida. Os barros faziam-nos as mulheres, alguidares grandes e pequenos.

Carta Gastronómica de Bragança
Autor: Armando Fernandes
Foto: É parte integrante da publicação
Publicação da Câmara Municipal de Bragança

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