A Misericórdia procedeu recentemente à adaptação de uma ala da Estrutura Residencial São João de Deus, para dar resposta a pessoas que apresentem quadros clínicos demenciais, mas ainda não a tem em funcionamento por falta de apoio da Segurança Social.
Contando com 22 camas, a nova valência instalada naquela estrutura residencial, representou um investimento de 130 mil euros, suportado através do Fundo Rainha D. Leonor, tutelado pela Santa Casa Misericórdia de Lisboa, município de Mogadouro e Misericórdia local.
"Neste caso criaram-se sinergias entre três entidades que repartiram os custos do investimento nesta nova unidade. Apesar de se tratar de uma adaptação, este novo espaço está dotado das mais modernas condições para dar respostas aos utentes", frisou o provedor.
"Os quartos são amplos, sem obstáculos. Tudo está adaptado em conformidade com os utentes que apresentam quadros demenciais, que são pessoas muito debilitadas para as instituições ainda não estão muito preparadas para perceber estes casos. Os utentes com quadros demências são os mais debilitados que podemos ter", acrescentou o responsável pela Misericórdia.
Contudo, o provedor avançou que ainda não há um quadro de pessoal especializado, e tal só acontecerá quando a Segurança Social aprovar os acordos para os utentes portadores de demência.
"A maioria das misericórdias já tem cerca de dois terços dos seus utentes num estado avançado de demência. E por este motivo temos de estar preparados para o futuro", enfatizou João Henriques.
Por seu lado, o presidente da câmara de Mogadouro, Francisco Guimarães, frisou que o apoio social continuará a ser uma das premissas da sua governação, num concelho fortemente envelhecido.
O município de Mogadouro dispõe, desde o início de setembro de 2017, de um serviço de apoio domiciliário especializadoque promove o diagnóstico precoce da demência e resultou de uma parceria com a Santa Casa da Misericórdia.
Agência Lusa
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