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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

O município de Miranda do Douro anunciou hoje o início de escavações arqueológicas, que vão abranger uma área de 6.000 mil metros quadros, na área envolvente à antiga fortificação da cidade onde se depositam "grandes expectativas".

O município de Miranda do Douro anunciou hoje o início de escavações arqueológicas, que vão abranger uma área de 6.000 mil metros quadros, na área envolvente à antiga fortificação da cidade onde se depositam "grandes expectativas".


"As escavações vão incidir numa zona muito próxima da área onde estava instalado o paiol da pólvora, que rebentou durante a 'Guerra do Mirandum', em maio de 1762, matou algumas centenas de pessoas e destruiu parte do povoado. A ideia é colocar a descoberto um dos momentos mais marcantes da história de Miranda do Douro", explicou o presidente da câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes.
Segundo os investigadores, em maio de 1762, num momento em que a praça tentava resistir às investidas das tropas espanholas no decurso da Guerra dos Setes Anos, o paiol explodiu, levando consigo alguns troços de muralhas e outros edifícios que não mais se reconstruíram.
"É por isso que, em muitas partes do recinto, a ausência de muralhas é flagrante, tendo-se limitado os trabalhos de restauro a pouco mais que obras de consolidação. Posso dizer que, desde o rebentamento daquela estrutura militar há mais de 250 anos, nunca mais se fizeram escavações neste local", adiantou o autarca.
As expectativas são grandes, adianta Artur Nunes, dado que há a possibilidade de se encontrar uma vala comum onde foram enterrados os mortos que foram vítimas da explosão, assim como diversos artefactos civis e militares ou solados soterrados pelos escombros, que permanecem nos seus postos de combate.
"Estas escavações são um desejo antigo dos mirandeses para melhor perceberem a sua história e o seu passado, já que se trata de uma área de 6.000 metros, onde nesta fase, vamos intervir em cerca de 1.000 metros quadrados", vincou.
Por seu lado a arqueóloga Mónica Salgado adianta que outro dos objetivos é perceber as remodelações que foram efetuadas no antigo bastião defensivo, no que respeita à evolução das mais diversas técnicas de combate, principalmente, com a introdução da "pirobalística"
"Vamos tentar perceber as alterações feitas num castelo da Idade Média, ou até anterior, sofridas até 1762, data da explosão que sacrificou a antiga praça-forte, raiana", enfatizou a técnica.
O castelo de fronteira de Miranda do Douro, assim como aqueles a que está ligado, os vizinhos de Algoso (Vimioso), Penas Roias e Mogadouro, assim como o mais distante Castelo de Bragança, constituíam, no conjunto, o chamado núcleo duro defensivo do Nordeste trasmontano, frente ao invasor castelhano.
O trabalho está inserido em trabalhos de revitalização daquela área de Miranda do Douro numa parceria entre Direção de Regional de Cultura do Norte (DRCN), para a revitalização das muralhas da antiga estrutura defensiva fronteiriça.
O Castelo de Miranda do Douro, no distrito de Bragança, está classificado como Imóvel de Interesse Público, desde 09 de agosto de 1957. 
Foi edificado num segundo momento de povoamento e ordenamento de Trás-os-Montes, ocorrido no reinado de D. Dinis.

FYP // MAG
Lusa/fim

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