O também presidente da Câmara de Sernancelhe referiu que se ouve falar de "medidas constantes" que "vão ficando na prateleira".
"Veja-se os investimentos, os que se conhecem públicos, do PNI estão todos localizados nas áreas metropolitanas do Porto e Lisboa, salvo muito raras exceções, porque tudo o resto está de forma muito incipiente nos documentos e não se percebe bem onde vão ser esses investimentos", sublinhou.
Também o presidente da Câmara de Vila Real, o socialista Rui Santos, mostrou-se "desiludido" com o PNI 2030 que, frisou, não contempla projetos reivindicados pela região, como a internacionalização da Linha do Douro, com a ligação a Espanha, e o Itinerário Complementar 26 (IC26).
Estes são, segundo Carlos Silva Santiago, projetos "bandeira" para o Douro, nesta fase.
O PNI contempla um investimento de cerca de 100 milhões para a concretização da terceira fase do projeto "Douro's Inland Waterway 2020", na Via Navegável do Douro.
O secretário de Estado da Valorização do Interior, João Catarino, que também marcou presença na cerimónia, disse que o PNI entregue sexta-feira, na Assembleia da República, é uma "primeira versão" e que o processo "não está fechado".
"O que o Governo pretende é que haja um consenso o mais alargado possível e o que nós gostaríamos era que todas as forças políticas se envolvessem efetivamente nas melhores decisões para cada região e isso está em aberto", salientou.
O presidente da CIM Douro elencou ainda uma grande preocupação da região, que é a perda demográfica que se verifica neste território.
A celebração dos dez anos da comunidade intermunicipal coincidiram com a 100.ª reunião do conselho intermunicipal.
"O balanço que fazemos é extremamente positivo. Há dez anos os municípios encontraram um novo modelo de fazer política no território", referiu Carlos Silva Santiago.
A CIM Douro agrega 19 municípios dispersos por quatro distritos: Bragança, Vila Real, Viseu e Guarda.
Agência Lusa
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