As afinidades com Santana Lopes, de quem foi mandatário concelhio em 2008 (quando disputou a liderança com Pedro Passos Coelho e Manuela Ferreira Leite), pesaram na decisão. Mas o desencanto com o PSD também pesou na decisão de Paulo Hermenegildo.
“Fiz parte de muitas vitórias autárquicas e legislativas. Acho que no PSD as nossas ideias eram ouvidas, mas pouco entendidas. Não me revejo no PSD regional actual. Nem neste momento no PSD nacional, com um discurso sem sentido de Estado, sem responsabilidade em termos de acção política directa, em que não há uma afirmação de centro-direita, por vezes até fico desconfiado de que lado está o PSD, se é o PS a falar. E foi isso que me levou a desfiliar-me do PSD”, afirmou.
No distrito há já cerca de duas dezenas de filiados, mas até as eleições europeias o responsável espera ter mais de 60 militantes.
“Este é um caminho que não é fácil, é um processo que vai ser muito trabalhoso”, mas garante ter tido “surpresas muito agradáveis”. “No site do partido Aliança estão a filiar-se pessoas do nosso distrito, quase diariamente”, adiantou.
Paulo Hermenegildo não quer, para já, revelar outros nomes que já se associaram ao partido. Desvenda apenas que algumas das pessoas vêm do PSD e de outros partidos como o CDS e outras que não estavam filiadas nem eram simpatizantes de qualquer partido.
A seguir ao congresso, em Évora, a 9 e 10 de Fevereiro, será eleita a comissão distrital e seguidamente as comissões concelhias.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro
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