O espetáculo Contrabando integra o projeto O Teatro e as Serras, no âmbito do Orçamento Participativo Portugal 2017, promovido pelo Governo de Portugal, através da Delegação Regional de Cultura do Norte.
O Teatro e as Serras prevê o desenvolvimento de um conjunto de pólos de criação teatral, organizados em torno das serras da região de Trás-os-Montes, como elemento geográfico agregador. Neste contexto, o Teatro Municipal de Bragança, responsável pela dinamização do projeto nas Serras de Montesinho e Coroa, convidou o Teatro da Garagem, a desenvolver um projeto de investigação e criação artística nos Municípios de Bragança, Vinhais e Montalegre.
O Teatro da Garagem e o Teatro Municipal de Bragança têm desenvolvido um trabalho continuado de parceria tendo como pano de fundo a paisagem cultural e humana de Trás-os-Montes. Se o território corresponde a um desígnio físico de uma área geográfica delimitada, esse desígnio é também definido pela relação entre os diferentes indivíduos ou grupos, numa perspetiva dinâmica, afetiva e cultural. É sobre esse património vivo que o Teatro da Garagem se propõe debruçar neste projeto de criação em torno da temática do contrabando fronteiriço. A revisitação da temática do contrabando pretende dar visibilidade a esta prática, não num sentido museológico, mas de vivificação de um legado cultural, transmitido de geração em geração, que materializa, numa construção poética e artística, a história de um lugar. Um lugar físico e afetivo, na relação com a memória individual e coletiva.
Contrabando é uma criação que parte da recolha de depoimentos e das leituras de textos relacionados com a atividade do contrabando nos anos 60 e 70 do século passado, nas zonas fronteiriças de Trás-os-Montes. Contrabando é um espetáculo em contraluz, noturno, de quem anda cautelosamente, pé-ante-pé, atento, num estado de vigília permanente, tentando recriar os estados de espírito e as condições de vida desse povo heroico que nos anos sessenta e setenta se dedicou ao contrabando para poder dar uma vida melhor aos filhos. É um espetáculo que retrata as dificuldades, a miséria, mas também a grandeza, ousadia e a coragem do povo da fronteira, um povo decididamente livre e capaz de traçar, no calcorrear dessa linha imaginária que é a fronteira, o seu próprio destino.
Ficha Artística e Técnica:
Texto e encenação – Carlos J. Pessoa
Música – Daniel Cervantes
Cenografia e Figurinos – Sérgio Loureiro
Interpretação – Ana Palma, André Simões, Lara Matos, Tiago Bôto, Tiago Filipe e Rita Monteiro
Direção de Produção – Maria João Vicente
Produção e Comunicação – Carolina Mano
Assistência de Produção – Joana Rodrigues
Fotografia – Joana Rodrigues e Marília Maia e Moura
Horário:
14H30
Localização:
Centro Cultural Solar dos Condes de Vinhais
Organização:
Câmara Municipal de Vinhais
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A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
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