A plantação de amendoal tem despertado cada vez mais o interesse dos produtores do nordeste transmontano.
Quem o diz é André Vaz, gerente da Cooperativa Soutos os Cavaleiros, dedicada aos frutos secos, que justifica este crescimento com uma melhor adaptação da cultura ao clima da região, o que acontece por consequência das alterações climáticas, explica:
“Cada vez mais estão a aparecer novas variedades que se adaptam aos diferentes tipos de clima. Aqui, com as alterações climáticas que se têm notado, está-se a verificar uma ligeira alteração das características das plantações. Onde há 15/20 anos se davam só castanheiros que, neste momento, já começam a ter vários problemas com as alterações climáticas, começam a dar as amendoeiras, locais onde antes por causa do frio isso não acontecia.
A juntar a isso há também o facto das novas variedades de amendoeira serem de floração tardia, ou seja, cada vez mais tarde, no ano, rebentam a flor. Estamos a falar de árvores que não sofrem tanto com os perigos e constrangimentos das geadas tardias e, como tal, têm um potencial muito bom para a nossa região. Mas é como tudo, é preciso escolher as variedades adaptáveis à nossa região.”
Outro dos motivos que tem levado os produtores a optar pela plantação de amendoeiras é o rápido retorno financeiro, o que não acontece, por exemplo, com os soutos:
“As pessoas estão a mudar para outras espécies de plantações que lhes garantam uma maior produtividade e, acima de tudo, um retorno do investimento mais célere. Isso nota-se ai nível da amendoeira porque, como entra em produção ao terceiro ano, a partir do quinto já tem um retorno financeiro assinalável. Este facto leva a que as pessoas prefiram esse género de árvore ao castanheiro, por exemplo, que só a partir do 15º ano é que começa a ter produções significativas. Quem aposta nestes novos projetos faz um grande investimento e que, por isso, que o retorno seja o mais célere possível.”
Um crescimento que se têm notado também na Cooperativa Soutos os Cavaleiros, sediada em Macedo de Cavaleiros, com o aumento do número de associados que se dedicam à amêndoa, não só do concelho mas também de outros pontos do distrito de Bragança.
André Vaz estima que, com a plantação já instalada, o potencial produtivo possa chegar às centenas de toneladas nos próximos anos:
“No nosso caso, são plantações que se iniciaram há cerca de três anos, mas em todos eles têm surgido novas plantações, com candidaturas submetidas ao PDR 2020. O potencial produtivo é de que plantações de há três anos comecem a ter alguma produção já este ano e que,nos anos seguintes, o crescimento seja exponencial à medida que as plantações novas comecem a dar e as mais antigas, dentro destas novas, começam a atingir potenciais produtíveis assinaláveis que podem chegar às quatro toneladas por hectare.
Com a área já instalada de amendoal por parte dos nosso sócios, quando atingirem picos de produção, vamos ter, aproximadamente, 200 a 300 toneladas de amêndoa.”
A plantação de amendoal a dar provas de crescimento no nordeste transmontano.
Escrito por ONDA LIVRE
Número total de visualizações do Blogue
Pesquisar neste blogue
Aderir a este Blogue
Sobre o Blogue
SOBRE O BLOGUE:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário