Os autarcas dos quatro municípios abrangidos pela albufeira do Sabor, sendo eles Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros Mogadouro e Torre de Moncorvo, esperam que este documento seja integrado no Plano de Ordenamento da Albufeira do Baixo Sabor.
Segundo o presidente da Associação de Municípios do Baixo Sabor, Nuno Gonçalves, este plano prevê que a actividade turística seja desenvolvida de forma estratégia e distintiva, não esquecendo a protecção dos valores naturais. "Precisamos, e merecemos, ver elaborados, e concluídos com urgência, os instrumentos positivos de ordenamento do território destes 70 quilómetros de emoção e duzentos de margem, que regulem e estimulem as actividades económicas e o turismo sustentável, permitindo atrair investidores, turistas e fixar jovens. Precisamos e merecemos ver construídas as praias fluviais, zonas de lazer e embarcadouros que permitam criar e sustentáculo de actividades turísticas diferenciadoras, ambientalmente adequadas aos lagos do Sabor".
De acordo com o também presidente do município de Torre de Moncorvo, os lagos do Sabor são uma oportunidade imperdível, mas o autarca diz que a implementação desta marca turística tem enfrentado muitos obstáculos. “Esbarramos vezes demais com análises fragmentadas e alegadas dificuldades orçamentais que nos condenam a andar devagar e que facilmente se desdobram em desculpas técnico-administrativas que mais não fazem que impor-nos um tecto como se fossemos irrelevantes. Veja-se a não reposição de todos os caminhos rurais das freguesias afectadas pela albufeira e a possibilidade de um geo sítio poder perder a classificação por falta de acesso. No cúmulo das situações, os quatro municípios ainda terão de pagar uma renda à concessionaria. Precisamos e merecemos que as políticas sectoriais reconheçam a transversalidade e o carácter intermunicipal exemplar dos nossos projectos”.
O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, elogiou o plano e diz que é uma boa base para a elaboração do Plano de Ordenamento da Albufeira do Baixo Sabor. “Um projecto como este é um projecto âncora e fundamental para, conservando a qualidade da massa de água e preservando os valores ambientais e paisagísticos, poder criar riqueza. Este é um plano estratégico que nasce muito bem, nasce da vontade de quatro autarquias em conjunto, que agora é apresentado ao Governo, que está a fazer o programa de ordenamento da albufeira e vai fazê-lo já com um bom caderno de encargos. É um bom caderno de encargos, que são as vontades expressas das autarquias. Felicitamos quem desenhou este plano estratégico e aproveitou estes duzentos quilómetros de margem para criar riquezas de formas distintas e valorizar o território”.
O plano estratégico tem como base o desenvolvimento do projecto com a marca turística dos “Lagos do Sabor” e estima-se que sejam necessários 30 milhões de euros para o implementar até 2022. A associação de municípios espera poder contar com fundos comunitários para desenvolver o projecto que quer aproveitar o potencial dos cerca de 70 quilómetros navegáveis criados com a barragem do Baixo Sabor.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro
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