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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Presidente de Mirandela pede demissão do inspector-geral da ASAE

Júlia Rodrigues convocou os jornalistas para uma conferência de imprensa, para manifestar a sua indignação com uma conduta que classifica de “irresponsável” da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, ao comunicar informação incorrecta, que deixa no ar suspeitas sobre o setor da alheira, causando enormes prejuízos às empresas e cozinhas regionais que produzem o enchido ex-libris de Mirandela.
A autarca já tinha manifestado alguma insatisfação com a atuação da ASAE, no último natal, quando uma inspeção da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica decidiu suspender duas linhas de abate do matadouro do Cachão, precisamente na altura em que há mais abates e quando as obras no edifício, estavam agendadas para o mês seguinte.

Mas, a gota de água que fez transbordar o copo foi o recente comunicado da ASAE a dar conta da apreensão de 12,5 toneladas de produtos cárneos e seus derivados, com um dos locais a ser identificado como uma indústria de enchidos.

Júlia Rodrigues diz que se trata de uma comunicação leviana deixando no ar suspeitas infundadas sobre o setor da alheira:

“Quando falamos de uma indústria de enchidos, não nos estamos a referir a um local ilegal de produção. Uma indústria é uma empresa, uma fábrica que transforma produtos, enquanto que ao falar de uma cozinha ilegal estamos a referir-nos a outra dimensão com impacto diferente na notícia.

O que se quis fazer foi dar um impacto alarmista de duas ações que nada têm a ver uma com a outra, até porque uma foi no início do mês e a outra agora no final, e as duas juntas é que tinham o impacto das 12,5 toneladas e um prejuízo de 34 mil euros. Carne não tem nada a ver com enchidos e industria não tem nada a ver com o local ilegal de produção. Estou em crer que não será, certamente, um problema na região, a ASAE é que o está a criar onde não existe.

Nós estamos aqui para defender e para estar ao lado dos produtores e dizer à ASAE que tem de ter atenção às fileiras estratégicas.

Não têm de criar notícias alarmistas que põe em causa os setores de atividade que são fundamentais para o desenvolvimento e para a coesão territorial.”

Neste tipo de situações, Júlia Rodrigues entende que a ASAE não devia optar por comunicados políticos, mas antes prestar informações técnicas fidedignas

“Nestas situações, a ASAE deveria encerrar o estabelecimento e não fazer disso um comunicado político, o que não lhe compete fazer, mas sim prestar informações técnicas fidedignas, com a qualidade e os números adequados de quem presta um serviço público muito meritório, mas também muito responsável para todos os portugueses.”

A presidente do Município de Mirandela também estranha que esta ação tenha sido divulgada a uma semana da feira da alheira.

“Já é uma investigação de meses, segundo eles próprios dizem, e vem agora dizer isto às portas de uma feira que tem impacto na região e é, com toda a certeza, uma das maiores feiras gastronómicas da zona que atrai visitantes.

Não está em causa a qualidade dos produtos de Mirandela, mas sim a forma irresponsável como a ASAE coloca os produtos e os enchidos da região, que põe em causa o mercado que ,muitas vezes, é conseguido à custa de muito trabalho, investimento e postos de trabalho.”

A autarca recorda ainda outro episódio protagonizado pela ASAE, quando, em 2015, um caso de botulismo alimentar, que se confinou a uma empresa de Bragança, causou danos colaterais assinaláveis no setor da alheira, devido a falhas na comunicação da operação da ASAE.

Perante estes casos, Júlia Rodrigues sugere a demissão do inspetor-geral da ASAE

“Exigimos uma explicação do senhor inspetor geral da ASAE, ao mesmo tempo que, por condutas irresponsáveis que lesam a economia da região e do país, consideramos que é inadmissível esta irresponsabilidade. Por isso, pedimos a sua demissão, um vez que consideramos que uma autoridade de segurança alimentar e económica deve proteger os consumidores em vez de criar alarmismos.”

Júlia Rodrigues termina dizendo que estes casos estão a prejudicar uma fileira que representa um volume de negócios superior a 30 milhões de euros anuais, resultante das empresas produtoras, cozinhas regionais e lojas de vendas, que empregam cerca de 700 pessoas.

INFORMAÇÃO CIR (Terra Quente FM)

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