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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Provedor da SCM de Mogadouro considera injusto receber o mesmo que misericórdias mais urbanas

1300 quilómetros é a distância que a Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro tem de percorrer diariamente para atender os 125 utentes que tem em apoio domiciliário.
Por causa da situação, o provedor da instituição, João Henriques, diz que o apoio do Estado devia ser ajustado a esta realidade já que tanto recebe esta santa casa quanto a de Lisboa, sendo que na capital, apenas um bairro pode chegar a ter este número de utentes. “Estou num concelho que tem 756 quilómetros quadrados de área, que corresponde a 9 vezes e meia à área de Lisboa. Para fazer esta cobertura fazemos 1300 quilómetros, ou seja, os nossos carros vão, diariamente, de Mogadouro a Paris para fazer o apoio domiciliário para conseguir fazer 125 pessoas. Recebemos, por parte do Estado, rigorosamente o mesmo que recebe qualquer outra misericórdia, nomeadamente as mais urbanas que têm o mesmo número de utentes numa só rua”.

O provedor diz que há uma discriminação negativa por parte do Estado e alega que neste território há também mais custos no que respeita ao funcionamento das instituições. “Não são só as distâncias mas os custos de funcionamento e nós, que estamos no interior do interior, em que temos um clima continental, muito mais frio, temos custos muito superiores a outras. Há que haver uma diferenciação quando fazemos a repartição do que é público”.

João Henriques denuncia que no interior a sustentabilidade destas instituições está a ser posta em causa ainda devido a outros problemas que entende que os penaliza duplamente pois, “sabendo que a média das pensões de Bragança é cerca de metade da média das pensões nacionais”, são “duplamente penalizados” para fazer um serviço que acredita ser feito “melhor que qualquer um dos outros”. João Henriques avança mesmo que começam a “não aguentar fazer este trabalho e o Estado tem que perceber que não é esta a sua função”. Alega ainda que é preciso pagar de “forma diferente aquilo que se faz de forma diferente” sendo que a “maior injustiça” que conhece “é tratar da mesma forma coisas que são diferentes”.

 Em todas as valências que apresenta, a Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro serve 750 utentes.

Escrito por Brigantia
Foto: misericordiamogadouro.com
Jornalista: Carina Alves

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