No Carnaval era hábito também serrar as velhas.
Com uma serra e um cortiço iam à porta das senhoras mais idosas e diziam por exemplo:
Serramos a tia Emília,
Por já ser muito velhinha.
A madeira que ela dá
Só serve para uma aduela.
Agora serramos as novas,
Que as velhas estão carunchosas.
As madeiras que elas dão
Servem para casas novas.
Serramos a Francisca,
Por ser rapariga bonita
A Madeira que ela dá
Serve para fazer uma pipa.
RECOLHA (1985) de Olinda Pereira, Sambade – Alfândega da Fé.
FICHA TÉCNICA:
Título: CANCIONEIRO TRANSMONTANO 2005
Autor do projecto: CHRYS CHRYSTELLO
Fotografia e design: LUÍS CANOTILHO
Pintura: HELENA CANOTILHO (capa e início dos capítulos)
Edição: SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE BRAGANÇA
Recolha de textos 2005: EDUARDO ALVES E SANDRA ROCHA
Recolha de textos 1985: BELARMINO AUGUSTO AFONSO
Na edição de 1985: ilustrações de José Amaro
Edição de 1985: DELEGAÇÃO DA JUNTA CENTRAL DAS CASAS DO POVO DE
BRAGANÇA, ELEUTÉRIO ALVES e NARCISO GOMES
Transcrição musical 1985: ALBERTO ANÍBAL FERREIRA
Iimpressão e acabamento: ROCHA ARTES GRÁFICAS, V. N. GAIA
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