Foto: DR |
"Dão uma possibilidade de passear em sítios recônditos, fugir ao bulício de muita gente nas praias, e, ainda, observar algumas espécies raras de aves, como o Mergulhão de Crista, que é o símbolo do Azibo, que nidifica aqui, os patos bravos, garças-reais, entre outras espécies que no dia-a-dia não se podem observar. Estou certo que farão as delícias de todos os amantes da biodiversidade", adiantou o presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues.
Tratam-se de embarcações amigas do ambiente, movidas a energia solar e não poluentes, propriedade de duas empresas de Macedo de Cavaleiros que decidiram investir no concelho. Ângela Costa, da empresa Sun Azibos Cruzeiros, fez um investimento de 100 mil euros, co-financiados por fundos comunitários, para adquirir o barco, mas já estava ligada a atividades de turismo da natureza, com passeios em carros a pedal e a bicicletas.
"Proporcionamos geopasseios em parceria com o Geopoark Terras de Cavaleiros, organizamos passeios para observação de aves ou ao pôr-do-sol, que permitem conhecer uma parte mais selvagem do Azibo. As pessoas que vêm para o Azibo não procuram só praia, querem conhecer o ecossistema, a fauna e a flora", referiu Ângela Costa, cuja empresa está a preparar programas educativos para os meses de inverno.
Até há pouco tempo seria impensável realizar este tipo de passeio na albufeira do Azibo, por esta estar inserida numa paisagem protegida da Rede Natura, sujeita a condicionantes ambientais, pois só foram permitidos por se usarem barcos sem impacto no ambiente.
A outra empresa que começou a operar, a Azibo Solar Boats, também começou hoje a navegar, com três passeios diários. Com investimento próprio, António Teixeira, o proprietário, andou três anos para conseguir autorização para poder trabalhar. "Havia as dificuldades ligadas às questões ambientais, mas acabamos por conseguir. O nosso barco não deita fumo, não liberta óleos e é silencioso", descreveu o empresário, que espera ter sucesso nesta atividade. "É uma nova atração no Azibo e que complementa o resto que se pode fazer", salientou.
Glória Lopes
Jornal de Notícias
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