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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

EM BICOS DE PÉS

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Sempre que há acontecimento, que envolve politico ou figura pública, aparecem intelectuais e pseudointelectuais, em bicos de pés, na mass-media.
Para marcarem opinião? ou para aparecerem?
Creio, na maioria das vezes, é apenas vaidade. Só vaidade; para se tornarem conhecidos…
Joaquim Letria, quando faleceu Jorge Amado, escreveu interessante crónica intitulada: “Abutres” (24Horas-20/8/01), nela refere-se ao desaparecimento de figuras conhecidas, e assegurando que logo surge quem afirme ser amigo, e narra curioso episódio ocorrido com ele:
“ Morre uma personalidade – escreve Joaquim Letria, – um vulto, uma figura, como lhes querem chamar, e aí estão eles a voar baixinho, prontos a dizerem o que mais aprouver, sempre politicamente corretos, sem risco dum desmentido, pois o cadáver não reclama e parece mal à família protestar, em vez de estar entregue à sua dor.
“ Surgem assim as grandes frases dos mortos, as controvérsias tardias, as confissões íntimas, a última entrevista, as palavras no leito de morte, as amizades desconhecidas, os amores escondidos, os murmúrios extemporâneos, as vivências exclusivas. Pobres mortos, que nem assim conseguem descansar!”
Fazem por amizade e admiração? Não! Fazem-no, para se tornarem importantes. Para se porem em bicos de pés, e serem conhecidos.
Do mesmo jeito, muitos militam nos partidos políticos; bajulam os líderes; berram na praça pública; assinam abaixo-assinados e petições… Por convicção? Não! Apenas para obterem lugar rendoso, ou satisfazerem a vaidadezinha.
Todavia, há – mas poucos, muito poucos, – que se dedicam a uma causa. Que servem, e não se servem.
Se o Mundo não está ainda pior, é devido a esse punhado de homens e mulheres, que abnegadamente se entregam, a obras meritórias, como a Irmã Teresa de Calcutá.
Mas, infelizmente, são poucos, muito poucos A maioria, buscam apenas benesses…

Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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