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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Museu de Miranda restaurou Crucifixo do século XVI

 A imagem do Cristo de Marfim foi restaurada através do Museu da Terra de Miranda, com a ajuda de mecenas e outros apoios externos, à semelhança de outro espólio da Concatedral de Miranda do Douro já intervencionado e disponibilizado ao público.


O Museu da Terra de Miranda concluiu a ação de conservação e restauro de um Crucifixo de pousar, datado da segunda metade do século XVI. Trata-se de um crucifixo de pousar com a imagem de cristo morto, em marfim, e cruz em madeira decorada com incrustações de madrepérola.

As caraterísticas estilísticas e técnicas desta escultura remetem para a arte cíngalo-portuguesa, nascida do contacto dos portugueses com os artesãos do Ceilão (atual Sri Lanka) desde o século XVI.

A imagem do Cristo de Marfim foi restaurada através do Museu da Terra de Miranda, com a ajuda de mecenas e outros apoios externos, à semelhança de outro espólio da Concatedral de Miranda do Douro já intervencionado e disponibilizado ao público.

As mais belas peças de pintura, escultura e arte sacra que incorporam o espólio da Concatedral de Miranda do Douro integram a exposição temática do Núcleo Expositivo deste templo religioso, aberto ao público em dezembro último.

A mostra reúne a parte mais significativa do espólio da antiga Sé Catedral de Miranda do Douro, incluindo o conjunto pictórico conhecido por “Calendário da Sé”, calendário Flamengo, pintado por Pieter Balten (c.1527-1584).

Passados cerca de 240 anos, da transferência da sede da diocese para a cidade de Bragança, a qual ocorreu no último quartel do século XVIII, esta é a primeira vez que um conjunto de obras tão relevante é colocada à fruição do público.

A exposição, além de cumprir o objetivo de salvaguarda, conservação e valorização do património, afirma a relevância, a vitalidade e o potencial cultural do que foi a Diocese de Miranda, ao mesmo tempo que revela a urbanidade e mundividência dos prelados que ocuparam o trono episcopal mirandês, assim como do investimento que foi realizado para que este templo fosse, de facto, brilhantíssimo em termos artísticos e arquitetónicos.

Estas obras de arte, de apreciável valor cultural, abrem agora espaço à consolidação e integração do acesso ao património artístico e religioso da Terra de Miranda, e àquilo que foi, e é, parte da sua herança sociocultural, que se destacou a partir da criação da Diocese em meados do século XVI. Ao mesmo tempo que se constata e atesta, também, a importância estratégica e económica desta Diocese no contexto da fronteira nordestina.

O espaço, que atualmente aloja a exposição, encontra-se instalado numa das antigas sacristias da Sé. A sua intervenção e remodelação foi desenvolvida pela Direção Regional de Cultura do Norte no âmbito da Operação “Rota das Catedrais no Norte” de Portugal, e cofinanciada pelo Programa Operacional Norte 2020.

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