Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")
Aninha-se comigo na almofada, triste e calada, nem se mexe.
As palavras engasgam-se em mistérios que rasgam sulcos na língua.
As metáforas velhas, morrem na culpa, cravadas como garras no coração.
A mente esmaga-se num torvelinho de pensamentos. Oiço o estalar de açoites, já não sei se é loucura se é apenas infâmia. Escuto guizos rubros de insanidade, o céu ilumina-se e a insónia afunda-se comigo nos lençóis.
Na noite plácida e divina os abutres sobrevoam os penedos. O vento bate na vidraça da janela. Os cães ladram de raiva, medo ou frustração.
A raiva cresce e verte-se em laivos de espuma venenosa.
Quem sabe, um dia a frustração morre e ofereça lágrimas e falsidades atadas com laços azuis.
A alma descansa num descampado de flores.
Tudo terminou.
Depois…chora o remorso de mão dada, com o arrependimento. Caminhando lado a lado. Falsos desvelos e amores, numa vida repleta de pecado.
As palavras engasgam-se em mistérios que rasgam sulcos na língua.
As metáforas velhas, morrem na culpa, cravadas como garras no coração.
A mente esmaga-se num torvelinho de pensamentos. Oiço o estalar de açoites, já não sei se é loucura se é apenas infâmia. Escuto guizos rubros de insanidade, o céu ilumina-se e a insónia afunda-se comigo nos lençóis.
Na noite plácida e divina os abutres sobrevoam os penedos. O vento bate na vidraça da janela. Os cães ladram de raiva, medo ou frustração.
A raiva cresce e verte-se em laivos de espuma venenosa.
Quem sabe, um dia a frustração morre e ofereça lágrimas e falsidades atadas com laços azuis.
A alma descansa num descampado de flores.
Tudo terminou.
Depois…chora o remorso de mão dada, com o arrependimento. Caminhando lado a lado. Falsos desvelos e amores, numa vida repleta de pecado.
Que belo texto Conceição!
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