Por: Humberto Pinho da Silva
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
" Na Carta de Guia", escreve D. Francisco Manuel de Melo, que viajando por terras de Espanha, foi parar a hospedaria, onde a dona e suas filhas, tão elevadas estavam numa novela, que não foram capazes de o receber.
Não encontrou melhor remédio, se não procurar outra estalagem.
De regresso de viajem, perguntou pela leitora e ouvintes. Disseram-lhe: " Que poucos dias depois, a novela foi tanto adiante, que cada uma das filhas daquela estalajadeira fizeram sua novela, fugindo com seu mancebo do lugar, como boa aprendizes da doutrina, que tão bem estudaram."
O mesmo vai acontecendo com as telenovelas – versão moderna das novelas de outrora, – imbuídas das mesmas peçonhas, que incutem, na juventude, o desejo de passarem da ficção à realidade.
Os enredos, em geral, não são planeados, apenas para divertir; mas, no firme propósito de inculcar: ideologias ou condutas perversas.
O nosso genial Eça, costumava – talvez a pedido do editor, – " apimentar" a prosa, para aumentar as vendas. Todavia conhecedor da perversidade, não queria que os filhos lessem os textos, mormente a querida Maria.
Asseveram – não sei se é com sinceridade, – cineastas e produtores da TV, que somente mostram a sociedade, tal qual é.
Para eles, o cinema e novelas, apresentadas pela TV, são o espelho da sociedade. Mas – digo eu, – não será a comunidade, o espelho da TV e do cinema?
O que se passa na má fadada TV, ocorre, igualmente, com obras literárias – algumas de soberbo estilo, – mas abordando temas asquerosos e torpes, rebaixando a dignidade humana, ofendendo a mulher – mãe, irmã e esposa.
Refiro-me a obras de valor, porque escritas em elevado estilo, tornam-se ainda mais perigosas do que as outras.
Bem avisa o bom Heitor Pinto in: " Imagem de Vida Cristã: " Como a espada, quanto mais excelente, tanto é mais perigosa na mão do furioso; assim a linguagem quanto mais elegante, tanto mais perigo traz consigo."
Não é de admirar, portanto, com tantas imundices, tanta telenovela e livros perversos, convidando à voluptuosidade, a nossa terra seja infestada de - estupros, violações e porca pornografia, vendida sem o menor pejo.
Não encontrou melhor remédio, se não procurar outra estalagem.
De regresso de viajem, perguntou pela leitora e ouvintes. Disseram-lhe: " Que poucos dias depois, a novela foi tanto adiante, que cada uma das filhas daquela estalajadeira fizeram sua novela, fugindo com seu mancebo do lugar, como boa aprendizes da doutrina, que tão bem estudaram."
O mesmo vai acontecendo com as telenovelas – versão moderna das novelas de outrora, – imbuídas das mesmas peçonhas, que incutem, na juventude, o desejo de passarem da ficção à realidade.
Os enredos, em geral, não são planeados, apenas para divertir; mas, no firme propósito de inculcar: ideologias ou condutas perversas.
O nosso genial Eça, costumava – talvez a pedido do editor, – " apimentar" a prosa, para aumentar as vendas. Todavia conhecedor da perversidade, não queria que os filhos lessem os textos, mormente a querida Maria.
Asseveram – não sei se é com sinceridade, – cineastas e produtores da TV, que somente mostram a sociedade, tal qual é.
Para eles, o cinema e novelas, apresentadas pela TV, são o espelho da sociedade. Mas – digo eu, – não será a comunidade, o espelho da TV e do cinema?
O que se passa na má fadada TV, ocorre, igualmente, com obras literárias – algumas de soberbo estilo, – mas abordando temas asquerosos e torpes, rebaixando a dignidade humana, ofendendo a mulher – mãe, irmã e esposa.
Refiro-me a obras de valor, porque escritas em elevado estilo, tornam-se ainda mais perigosas do que as outras.
Bem avisa o bom Heitor Pinto in: " Imagem de Vida Cristã: " Como a espada, quanto mais excelente, tanto é mais perigosa na mão do furioso; assim a linguagem quanto mais elegante, tanto mais perigo traz consigo."
Não é de admirar, portanto, com tantas imundices, tanta telenovela e livros perversos, convidando à voluptuosidade, a nossa terra seja infestada de - estupros, violações e porca pornografia, vendida sem o menor pejo.
Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".
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