O ponto alto foi o concerto com a cantora Rita Redshoes, numa versão mais próxima do público, que deixou a artista de coração cheio:
“Às vezes pensamos que em sítios mais pequenos a nossa música não chega, mas aqui ficou provado que não é verdade e que as pessoas estão abertas a ouvirem outros géneros musicais.
Senti-me muito bem acolhida, gostei muito e vou daqui de coração cheio.
Estava com algum receio de trazer um estilo assim porque sei que as pessoas vêm um pouco para a festa, mas não senti nada disso, pelo contrário, percebi que as pessoas estão dispostas a ouvir música que não seja para dançar e acho que também é muito importante haver espaço para tudo e todos.”
Entre o público presente encontrámos fãs da cantora que ficaram agradados com o momento e com o conceito:
“É uma grande inovação, um plus, algo que vem acrescentar cultural e até espiritualmente.
Sou fã da Rita Redshoes, acompanhei durante a pandemia os diretos que ela fazia no Instagram e gostava bastante de ouvir.
Acho que este conceito cai bem aqui neste local e a reação das pessoas está a corresponder.”
“Acho que o concerto está a ser agradável, em termos de qualidade, também estamos a falar de uma cantora e compositora com créditos muito valiosos ao longo dos anos. O próprio enquadramento em si está a ser engraçado, se calhar o público pode não apreciar tanto este tipo de música mas é um espetáculo muito bonito, nomeadamente porque estamos a falar de um pelourinho que embeleza o próprio espetáculo e a Rita ainda tem uma grande voz.”
Além do concerto de Rita Redshoes, do festival fizeram parte outras animações ao longo do dia, nomeadamente uma visita teatral ao Pelourinho de Vale de Prados e o espetáculo Nuvem Voadora com a comunidade local.
Sónia Salomé, vereadora da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, espera que este tipo de eventos continue a acontecer no território, promovendo a arte e o património existente no concelho:
“A ideia é dar continuidade ao projeto, que no fundo projeta este património classificado do nosso concelho.
De facto acho que é uma iniciativa que deve continuar, pois para além da promoção do próprio património arquitetónico, também promove a cultura, com esta envolvência com os grupos locais e, portanto, é uma boa iniciativa da CIM-TTM com os municípios.
Vai ao encontro da estratégia da própria CIM de concertar esforços e promover um território que necessita de promoção cada vez maior e devemos fazê-lo concertadamente, pois todos ganhamos.”
O Festival Improvável da Terras de Trás-os-Montes tem percorrido os nove municípios que a compõe, com concertos e outros espetáculos culturais, em locais onde exista património classificado, como foi o caso do Pelourinho de Vale de Prados, que acolheu o festival no passado sábado.
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