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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 21 de agosto de 2022

FENECE O DIA

Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")

Numa discreta confiança,
Vem o alívio, chega o escuro,
Lençóis brancos, linho puro
Num futuro inseguro.
duvidosa confiança!
Tal como ventres fecundos,
que se dão, e que se vão, 
Que se abrem, e se rasgam
Numa imensa ingratidão!  
Também os montes vão parindo,
Fagulhas e cinzas saindo
Arrastadas e inseguras,
numa falsa sensação.
Rolam pelas cidades,
Arrastando amarguras
E o terror na multidão!
Nas distâncias solitárias, 
Em ócio brando e doce
ainda correm fios de água,
Saltitando nos ribeiros
Como asas voadoras, 
a poisar em medronheiros!
Choram fontes cristalinas,
Respingam e pingam, tristemente. 
Enlodadas e enlutadas
Estagnadas na corrente!
Ouço o cântico das aves, 
Melancólica e tristemente,
Vida pobre, pobre vida 
Tão breve e complicada,
Vale mais morrer esquecida
Do que viver desprezada.

Maria da Conceição Marques
, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.

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