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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Vindimas foram antecipadas e produtores falam de quebras de 30%

 As elevadas temperaturas e a seca estão a obrigar os agricultores a fazerem a vindima mais cedo do que o previsto


Em Alfândega da Fé, as uvas brancas para o vinho Ninho da Pita já foram apanhadas. O proprietário, Vítor Bebiano, admite que a produção vai cair e que as videiras estão já no limite devido à falta de água.

“Verificamos que as uvas têm bagos pequenos, as videiras estão no limite de aguentar, não temos rega em grande parte da vinha e as videiras que não tinham rega estavam mesmo no limite de aguentar as uvas. Em termos de vinificação notamos muito menos liquido, o que quer dizer que com os mesmos quilos produzimos muitos menos litros. Vai ser um ano difícil. No branco houve uma quebra de 20% e no tinto ainda será mais”, disse.  

Por campanha são produzidos 16 mil litros de vinho Ninho da Pita, mas este ano não vai acontecer. A juntar-se à quebra de produção estão ainda o aumento dos custos. O produtor Vítor Bebiano considera que são precisas medidas específicas para a agricultura, caso contrário os pequenos empresários da região não vão aguentar.

“Se não houver apoios para a agricultura vai ser muito difícil manter este tipo de negócio, porque estamos a falar de pequenas produções, têm que aumentar muito os preços para poderem ser rentáveis e, neste momento, as grandes empresas, com milhões de litros, fazem-nos uma concorrência em termos de preços completamente insuportável”, sublinhou.

Por Bragança, na aldeia de Parada, ainda não começou a vindima para fazer os vinhos Casa do Jôa, no entanto, já se prevê que começará mais cedo do que nos outros anos. As temperaturas altas e a falta de água vão fazer cair a produção, ao ponto de ter videiras com cachos completamente secos.

“Tenho aqui algumas parcelas que vou ter quebra praticamente total, as uvas estão mesmo muito secas na plantação que fiz há sete ou oito anos. Nas vinhas mais antigas, as centenárias são um espectáculo porque resistem a tudo. Estamos a estimar uma quebra de 30% que tem impacto económico na actividade”, explicou o produtor, Jorge Afonso.

Jorge Afonso defende que seja criado um plano estratégico para a utilização dos recursos hídricos para que anos críticos como este não se repitam.

Queixas dos produtores de vinho que este ano vão sentir uma quebra na produção devido às altas temperaturas e à seca que se tem sentido nos últimos meses.

Escrito por Brigantia
Foto: Vinhos Nino da Pita
Jornalista: Ângela Pais

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