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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Cadáver de idoso está há mais de um mês por reclamar na morgue de Mirandela

 Há mais de um mês que o cadáver de um homem de 78 anos, que foi encontrado em avançado estado de decomposição no interior da sua habitação, em Mirandela, continua por reclamar no contentor refrigerado da delegação do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses, situado nas instalações do hospital local


Sabe-se que o homem vivia sozinho e já não era visto pela vizinhança há vários meses e terá sido o senhorio da habitação que, estranhando a falta de pagamento de vários meses de renda, se deslocou a casa, bateu à porta e pela ausência de qualquer resposta, deu o alerta às autoridades.

Ao que apurámos, o resultado da autópsia concluiu que a morte ficou a dever-se a causas naturais. No entanto, o cadáver ainda não foi reclamado por qualquer familiar.

Por lei, o prazo máximo que os mortos não reclamados podem ficar nos serviços médico-legais é de 30 dias, mas há várias excepções, que podem levar ao prolongamento do prazo, nomeadamente a tentativa de localizar familiares.

Este é um caso pouco comum, ainda assim, no país, há anualmente, algumas dezenas deste tipo de situações. Entre os casos estão idosos, sem-abrigo, toxicodependentes e imigrantes. São essencialmente casos de pessoas idosas desprezadas pela família, que morrem sozinhas na habitação, num hospital ou num lar de idosos da Segurança Social.

Compete depois às câmaras municipais das cidades, onde há as delegações do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses proceder ao enterramento do corpo, com a realização do chamado funeral social, uma opção criada pelo Estado, que obriga as agências funerárias a fornecerem este tipo de serviço, quando solicitado, no qual foram estabelecidas regras e preços específicos, neste caso, não podem exceder os 452 euros.

A campa será identificada com um número atribuído pelo cemitério, caso apareça algum familiar.

De qualquer forma, terá de ser sempre o Ministério Público a dar o aval a este procedimento. O que ainda não aconteceu.

Escrito por Terra Quente (CIR)
Foto: Rádio Terra Quente

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