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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Caçadores preocupados e desanimados com a diminuição de animais para caçar

 Há cada vez menos animais para caçar e, consequentemente, mais caçadores a abandonar a atividade.


A preocupação foi deixada pelo presidente da Federação das Associações de Caçadores da Primeira Região Cinegética, João Alves, que considera que o Governo podia intervir mais nesta área, em vez de deixar o setor “ao abandono” :

“Sem caça as pessoas vão ficando cada vez mais pessimistas e vão desistindo da atividade.

Por mais que se goste de andar e desfrutar do campo e da natureza, convém que se vá vendo alguma caça.

Há muita gente a deixar de pagar as licenças.

O Estado devia fazer um pouco mais nesse sentido, temos alertado as autoridades pois infelizmente, de há 20 anos a esta parte, no que está relacionado com a caça, as coisas em vez de acontecerem foram deixando de acontecer.

Deixou de haver guardas florestais com as condições que tinham antes, o Estado deixou de comparticipar com os caçadores uma percentagem que nos dava das licenças para podermos investir na caça e o próprio Estado abandonou alguns projeto que existiam, para o coelho e para a rola, por exemplo, .

Acho que o setor tem sido muito abandonado e desprezado.”

Se nos últimos anos o grande problema era a diminuição da caça menor, com a doença hemorrágica do coelho bravo a matar muitos animais, agora também na caça maior se estão a verificar menos efetivos:

“Na caça maior também parece haver um decréscimo, também fruto da grande pressão que tem sido exercida, porque o ICNF pretende reduzir os efetivos de javalis, pois correram notícias de que havia uma sobrepopulação e com medo que a PSA (Peste Suína Africana) se instale no nosso país, quiseram reduzir. 

O javali pode ser caçado durante todo o ano nas esperas, durante os períodos de lua, mas o que fizeram desta vez foram correções extraordinárias de densidades, que fizeram com que se caçasse praticamente todos os dias.

Depois também há um novo fator. Começaram a aparecer por aqui lobos em diversas zonas e tem sido outro dos fatores que, no meu entender, tem feito com que haja algum decréscimo essencialmente de corços e javalis.

Em relação à caça menor, o coelho, em algumas zonas, parece estar a querer recuperar, mas como ainda é uma situação muito recente, teremos de esperar mais algum tempo para avaliar se se vai manter ou se é temporário.”

Além disso, os custos e as burocracias para poder caçar são cada vez maiores:

“Hoje ser caçador é uma atividade muito cara, as licenças têm subido exponencialmente, há cada vez mais exigências, agora até é preciso fazer cursos de atualização de uso e porte de arma, tirar a carta de caçador é muito caro e as armas e os cartuchos também não são baratos. Tudo isto faz com que haja cada vez menos interessados.

Se houver pouca caça e com todos estes problemas, é lógico que as pessoas desanimam.”

De acordo com o calendário venatório aprovado pelo Governo, é permitido caçar ao coelho bravo e à lembre a partir de 1 de outubro e até 25 de dezembro, nos terrenos designados como “não ordenados”.

Escrito por ONDA LIVRE

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