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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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domingo, 24 de setembro de 2023

Linguistas ibéricos apelam à Europa para reconhecimento das línguas minoritárias

 Associações e investigadores da Península Ibérica defenderam hoje em Picote, Miranda do Douro, que as línguas minoritárias estão na base da construção europeia e apelaram à vontade política para o seu reconhecimento, como é o caso do mirandês.


“Uma das bases da construção europeia assenta na sua diversidade linguística e cultural, e por isso urge criar mecanismos de salvaguarda de idiomas como o galego, asturiano ou o mirandês que têm origem no asturo-leonês, isto no caso no caso peninsular”, disse à agência Lusa o linguista e presidente da Associação Frauga, António Bárbolo Alves.

Este apelo às entidades europeias foi efetuado no decurso da 1.ª Fiesta de las Lhénguas, iniciativa que visa assinalar a diversidade cultural e linguística ibérica, na qual se inclui a língua mirandesa e que decorre até domingo em Picote, Miranda do Douro, no distrito de Bragança.

“As línguas europeias a relacionarem-se mutuamente só se enriquecem mutuamente”, reforçou António Bárbolo Alves.

O especialista em asturiano Nicolas Bartolomé, por seu lado, alertou para a fragmentação política no mesmo espaço identitário, que faz com que as línguas minoritárias não tenham o seu espaço e acabem ameaçadas.

“No espaço europeu, o que conta são as grandes línguas como o inglês, o francês, o português, o castelhano. O mirandês, com os seus parentes linguísticos do outro lado da fronteira como o asturiano ou o galego têm muitas dificuldades em sobreviver. Para resistir à globalização é necessário realizarem-se encontros de especialistas em línguas minoritários para melhor se perceber as suas raízes comuns, para se poderem criar estratégias de resistência linguística e cultural”, defendeu.

O investigador Xosé Iglésias Cueva, da Academia de la Llingua Asturiana, recordou por seu lado que o mirandês é uma língua oficial em Portugal enquanto o galego e o asturiano ainda não alcançaram este ambicionado estatuto em Espanha.

“O asturiano não é uma língua oficial em Espanha, tendo apenas uma proteção do Governo. O mirandês em Portugal é reconhecido como língua oficial. Porém, se há uma origem comum ao asturiano, galego e mirandês, temos de construir e defender uma unidade linguística comum assente no asturo-leonês, no caso peninsular”, disse.

“Aproveitando a coincidência de, na terça-feira [26 de setembro], por iniciativa do Conselho da Europa, se comemorar também o Dia Europeu das Línguas, parece-nos ser uma boa ocasião para que todos possam descobrir e contactar com a diversidade linguística e cultural, reforçando assim a nossa cidadania europeia baseada no respeito e no multiculturalismo”, rematou António Bárbolo Alves, um dos promotores da 1.ª Fiesta de las Lhénguas, em Picote, Miranda do Douro.

Esta iniciativa ibérica serviu para festejar a diversidade linguística e cultural do espaço que engloba as regiões espanholas das Astúrias, da Galiza e Zamora e, do lado português, o Planalto Mirandês, que abrange os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso.

FYP // MAG
Lusa/fim

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