Confrontado com as dificuldades que esta instituição atravessa, face ao atraso do pagamento por parte do Governo, Manuel Pizarro explicou que já foram pagos retroactivos em 2022 e adiantou que no próximo ano haverá uma actualização do salário destes funcionários.
“Em Novembro do ano passado o Governo actualizou em 15,5% o pagamento da diária aos cuidados continuados de longa duração e em 5,5% da diária de média duração e pagámos retroactivamente a Janeiro de 2022. Claro que reconhecemos que os aumentos de custos que se têm verificado com a inflação e a necessidade de melhorar os salários dos profissionais causam uma grande pressão sobre as unidades. Em 2024 haverá uma actualização desses montantes”, adiantou.
A directora técnica da Unidade de Cuidados Continuados da Misericórdia de Bragança já tinha falado destas dificuldades e das longas filas de espera, visto que 35% dos utentes são casos sociais, o que obriga a que quem realmente precisa de cuidados médicos tenha que aguardar. Além disso, esta instituição acolhe ainda pessoas de outras partes do país, como o ministro pôde constatar.
“Temos aqui o caso concreto do distrito de Bragança que é um caso concreto de grande capacidade de resposta. Nós temos a Unidade de Cuidados Continuados em todos os concelhos do distrito de Bragança que respondem não apenas às necessidades da população de Bragança como até a pessoas com outras origens geográficas. Tive na Unidade Cuidados Continuados de Bragança, onde encontrei doentes de Cabeceiras de Baixo, do Porto, da Lourosa”, referiu.
O ministro salientou ainda que conta com mais 5500 camas nos cuidados continuados até 2025.
Manuel Pizarro visitou ainda as obras feitas no hospital de Bragança, desde ampliação do serviço de medicina intensiva, a ampliação do bloco operatório. Contudo, a Unidade Local de Saúde do Nordeste tem falta de médicos especialistas. Quanto a isso, o ministro disse que é preciso uma forte aposta.
“O país tem que colocar como central a formação de novos especialistas e os serviços que são bem-sucedidos na região são serviços onde já temos internos em formação na especialidade, porque isso é garantia, não apenas que as pessoas permanecem durante a sua formação, mas que uma parte significativa delas cá continuará quando já forem especialistas. É esta a minha prioridade, de coordenar com a ordem dos médicos a generalização dos internatos médicos em muitos outros serviços nestes hospitais das zonas de menos densidade demográfica”, frisou.
O ministro da Saúde esteve, esta manhã, no segundo Congresso de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Bragança. Visitou ainda as instalações da misericórdia e inaugurou obras no hospital de Bragança.
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