O espaço deixou de funcionar em 2009 como estabelecimento de ensino, com os alunos a mudaram-se para o edifício ao lado, que passou a ser sede do agrupamento escolar.
O edifício foi recuperado, numa empreitada de quase dois milhões de euros, para servir de cantina para cerca de 350 alunos.
“A transformação em cantina prende-se pelo facto de a atual já estar bastante degradada e os miúdos terem que atravessar uma artéria principal da vila para irem da escola para a cantina”, explicou à Lusa o presidente da Câmara, António Pimentel.
Esta renovada cantina fica dentro do complexo escolar do agrupamento.
O espaço vai ainda albergar a ação social do município e o arquivo da câmara municipal.
A remodelada construção, que representa um investimento de 1.9012.132 euros, financiado em 85% por fundos comunitários, conta ainda com um auditório preparado para as atividades escolares que terá o nome de Francisco Pinto, jornalista natural de Mogadouro, no distrito de Bragança.
“Entendemos que deveríamos dar ao auditório o nome de alguém que tenha contribuído para a divulgação de todo o território do nordeste e de Mogadouro”, afirmou António Pimentel, salientado que Francisco Pinto tem “prestado um serviço relevante” ao estar “sempre presente”.
Francisco Pinto, que hoje cumpre 30 anos de profissão, 13 dos quais como colaborador da Lusa no Planalto Mirandês e Douro Superior, disse ter recebido “com surpresa” a intenção da autarquia de atribuir o seu nome ao auditório, numa homenagem que tem "um forte significado”.
Francisco Pinto foi aluno na antiga escola onde agora vai ter um auditório com o seu nome, e recordou ter sido “muito feliz durante os dois anos” em que lá estudou.
“É para mim um grande orgulho ter o meu nome associado ao deste ilustre escritor mogadourense”, congratulou-se Francisco Pinto, acrescentando que Trindade Coelho foi também “um grande jornalista ao seu tempo”.
O jornalista, que disse executar a missão "com orgulho", tem mantido várias colaborações ao longo destas três décadas de atividade, atualmente entre a rádio e a imprensa escrita.
“É uma tarefa algo complicada, o jornalismo de proximidade. Tem que ser feito com muita resiliência e paciência”, considerou Francisco Pinto, que disse ainda que, juntando “uma boa dose de conhecimento do território”, é possível fazer o retrato das populações, mesmo sentindo "as dificuldades e por vezes alguma discriminação" pela zona do país onde atua.
A missão passa por “tentar levar deste rincão, que é o mais Interior de Portugal e o mais afastado dos grande centros de decisão, as histórias, os anseios, tudo o que vai na vida desta gente fronteiriça, que muito tem para dar”, concluiu o jornalista.
A inauguração está marcada para as 17:30.
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