Apesar de ter tomado conhecimento de que a solução de traçado para a ligação de Bragança à Puebla está decidida, desde há cerca de quatro anos, passando por Rio de Onor em direção a Ungilde , venho de novo manifestar o meu desagrado por terem tomado essa decisão sem haver uma análise comparativa custo-benefício e um estudo de impacte ambiental entre pelo menos duas soluções, esta e uma a poente passando próximo de Aveleda e de Santa Cruz de Abranes. Já em março de 2006 a Associação de Municípios da terra fria do nordeste transmontano tinha sugerido uma solução por este corredor.
Penso que a ideia é fazer um traçado que permita chegar à Puebla em cerca de meia hora o que não será possível com a solução passando próximo de Rio de Onor, além de que, em minha opinião, é seguramente mais cara e tem maior impacte ambiental e o “benefício” de passar por Rio de Onor é de certa forma um engano, como se pode observar nos desenhos à escala 1:25000 que anexo.
O custo de construção da solução já decidida, é maior pelo simples facto de dever ter uma variante a Varge passando em ponte sobre o rio Igrejas, e o que está previsto é atravessar a fronteira em Alto do Cabeço Redondo, fazendo-se o acesso a Rio de Onor, em cerca de 3km, no pior trecho da N308. Do lado de Espanha deverá ter também uma grande ponte sobre o Rio del Fontano, fazendo-se a ligação a Rio de Onor em cerca de 1km.
O traçado por este corredor até Ungilde são cerca de 29,6km, e daqui até chegar à Puebla são cerca de 4km pela ZA921 com um traçado de características modestas, até uma rotunda já na Puebla, o que perfaz 33,6km.
No corredor poente passando por Santa Cruz de Abranes, o traçado ligar-se-ia à ZA925 nas proximidades de Pedralba de la Praderia ao fim de cerca 28,6km, seguindo pela ZA925 com boas características por mais cerca de 4,4km até à mesma rotunda do anterior, o que perfaz 33,0km.
Pelo exposto se pode concluir, em minha modesta opinião que um traçado por poente passando próximo da Aveleda e Santa Cruz de Abranes teria vantagens, não só do ponto de vista geométrico para uma VB=90km/h, de impacte ambiental, basta ver que praticamente não afetará o Parque Natural de Montezinho, como de custos de construção. Acrescento que, a minha experiência nesta área, leva-me a concluir, que os custos que irá ter a solução decidida há já cerca de 4 anos, mas que ainda, pelos vistos, não se iniciaram os estudos, dava para se construir a solução pelo corredor poente, fazer uma boa melhoria da N308 para Rio de Onor e ainda sobrava dinheiro.
O custo de construção da solução já decidida, é maior pelo simples facto de dever ter uma variante a Varge passando em ponte sobre o rio Igrejas, e o que está previsto é atravessar a fronteira em Alto do Cabeço Redondo, fazendo-se o acesso a Rio de Onor, em cerca de 3km, no pior trecho da N308. Do lado de Espanha deverá ter também uma grande ponte sobre o Rio del Fontano, fazendo-se a ligação a Rio de Onor em cerca de 1km.
O traçado por este corredor até Ungilde são cerca de 29,6km, e daqui até chegar à Puebla são cerca de 4km pela ZA921 com um traçado de características modestas, até uma rotunda já na Puebla, o que perfaz 33,6km.
No corredor poente passando por Santa Cruz de Abranes, o traçado ligar-se-ia à ZA925 nas proximidades de Pedralba de la Praderia ao fim de cerca 28,6km, seguindo pela ZA925 com boas características por mais cerca de 4,4km até à mesma rotunda do anterior, o que perfaz 33,0km.
Pelo exposto se pode concluir, em minha modesta opinião que um traçado por poente passando próximo da Aveleda e Santa Cruz de Abranes teria vantagens, não só do ponto de vista geométrico para uma VB=90km/h, de impacte ambiental, basta ver que praticamente não afetará o Parque Natural de Montezinho, como de custos de construção. Acrescento que, a minha experiência nesta área, leva-me a concluir, que os custos que irá ter a solução decidida há já cerca de 4 anos, mas que ainda, pelos vistos, não se iniciaram os estudos, dava para se construir a solução pelo corredor poente, fazer uma boa melhoria da N308 para Rio de Onor e ainda sobrava dinheiro.
Merece uma reflexão séria e independente. Cá para mim, ignorante confesso na matéria, talvez a decisão tenha sido para estourar todos os financiamentos comunitários para a obra ou, quiçá... tenha também a ver com algumas indemnizações. Atendendo ao que o nosso amigo António Teixeira, com vastíssimo curriculum na matéria, aqui nos informa... a decisão não terá sido nem a mais correta nem a mais lógica.
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