Em todo o país, produziram-se 1 milhão e 175 mil toneladas de azeitona, das quais 93,5 mil foram na região transmontana.
Segundo o presidente da APPITAD- Associação Dos Produtores Em Protecção Integrada De Trás-os-Montes e Alto Douro, Francisco Pavão, foi um ano com baixa produção de azeitona. “A campanha 2023/2024 foi melhor que a de 2022/2023, contudo foi um ano médio/baixo. Na nossa região, não temos tantas plantações novas, temos muito pouco olival de regadio. Não conseguimos atenuar os efeitos da safra e contra safra, portanto tivemos um ano de produção reduzida”.
O presidente da APPITAD explicou que este aumento de produção no país se deve ao aumento de olivais novos. Na região, também tem havido plantação de olival. No entanto, a produção de azeitona não é suficiente para compensar as quebras, porque o olival de sequeiro demora o dobro do tempo a produzir em relação ao de regadio, como há no Alentejo. “Está a aumentar, mas não tanto como no Alentejo. Aqui são sobretudo de sequeiro, que ainda não estão no seu período de produção pleno. Um olival de alta intensidade produz ao terceiro ano, os nossos olivais não conseguem produzir nesse ano, temos sempre problema de não conseguirmos ter os nossos olivais a produzir exactamente”, frisou.
Por outro lado, a região acompanhou a tendência nacional no que toca à quantidade de azeite produzida. Elevada humidade na azeitona dificultou a extracção do azeite. “Quando chove como choveu em Outubro, a azeitona aumenta de peso. Quando vamos para o lagar, o rendimento industrial é variado sob o peso húmido. Avaliamos a azeitona que entra com o azeite que conseguimos extrair, os rendimentos foram mais baixos, relativamente ao ano médio”, adiantou o presidente da APPITAD.
Segundo a APPITAD, a oliveira não tem qualquer problema fitossanitário. As alterações climáticas estarão na origem das quebras de produção.
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