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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 8 de julho de 2024

Pendões estiveram perdidos mas foram recuperados e agora saem anualmente à rua em Miranda do Douro

 Miranda do Douro voltou a receber, no sábado, o desfile dos pendões. A par da língua, são um dos grandes símbolos identitários das Terras de Miranda


São bandeiras de grandes dimensões que, possivelmente, remontam aos tempos da Reconquista Cristã. Cada localidade do antigo Reino de Leão tinha o seu próprio pendão, identificando o povo.

Durante vários anos, na grande maioria das aldeias, os pendões estiveram perdidos, mas foram descobertos e hoje em dia são ostentados num desfile, que acontece todos os anos, em Miranda. Quem os transporta diz que foi fundamental ter-se recuperado este símbolo. “Não sabíamos que ele existia. Esta descoberta é muito importante para a freguesia porque antigamente o pendão usava-se muito”, disse Guilherme João, de Paradela. “Quando a Igreja tomou conta da parte política, o pendão ficou resguardado na Igreja mas saía sempre na missa de São João das Arribas, da aldeia nova ao castro celta, onde era a aldeia antiga. É muito bonito ver o pendão, o mastro mais alto da freguesia, o que marca cada localidade”, referiu João Luís, da Aldeia Nova.

Os pendões saem à rua desde 2015. Como forma de não deixar morrer esta identidade, A Associação da Língua e Cultura Mirandesa decidiu percorrer as aldeias e procurar os estandartes. Muitos deles estavam perdidos e em mau estado, refere Alcides Meirinhos, membro da associação. “Em 2014 demos a volta a todas as aldeias para ver onde havia pendões e a maioria tinha perdido a noção que existia um pendão na própria aldeia. No caso de Genísio, Paradela e Ifanes nem sabiam que o tinham. A partir daí, falámos com a câmara e chegou-se à conclusão que deveríamos fazer um desfile de pendões, juntá-los todos. Vieram de Miranda, de Alyste e de Sayago”, referiu Alcides Meirinhos, que assinalou que o primeiro desfile acabou por ser também uma homenagem a Amadeu Ferreira, um dos maiores defensores e investigadores da Língua Mirandesa, que morreu nesse ano.

Tal como quem carrega os pendões, a presidente da câmara de Miranda, Helena Barril, também frisa que estes são símbolos únicos, que unem, hoje em dia, os povos. “O pendão torna-se um símbolo único e é isso que o mérito da festa”.

Anualmente, por esta altura, os pendões saem à rua e são ostentados em Miranda do Douro, num desfile, que junta mirandeses e espanhóis, das regiões de León, Aliste e Sayago, antigo Reino de Leão. O desfile aconteceu no sábado, inserindo-se nas comemorações do Dia da Cidade, que faz 479 anos no dia 10.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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