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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Divulgar o património histórico e os produtos locais na VII Feira Romana, Lamalonga, Macedo de Cavaleiros

 A aldeia de Lamalonga, no concelho de Macedo de Cavaleiros, recebeu a VII Feira Romana, este fim-de-semana.


Um evento que tem como objetivo regressar às origens históricas desta aldeia, onde decorreram um conjunto de atividades ligadas a esta temática, desde uma caminhada pela Via Romana XVII, visita ao património histórico da freguesia, ao largar de produção de azeite, à exploração de burros mirandeses, almoço convívios e muita animação musical.

Atividades que não deixaram os visitantes indiferentes:

“É a segunda vez que participo. Tenho amigos na aldeia e venho pela segunda vez participar. O que considero mais interessante na festa é ser um espaço pequeno como este, numa aldeia muito pequenina. Acho muita piada ao motivo da festa, à decoração. Todos os jogos que estão associados. O tiro ao arco que participo sempre. O almoço comunitário que decorre no domingo. É diferente e é uma mudança grande, em relação ao nosso quotidiano, na cidade” destaca, Sérgio Pombo, do Porto.

“Há três anos que venho à feira. Gosto das concentrações e de andar a pé. Como existe a a caminhada e a mostra dos carros clássicos e eu tenho esses dois vícios, venho sempre”, contou Marcelino Fernandes de Ervedosa, do concelho de Vinhais, que fica a 9 quilómetros.

“Vim até aqui para passar o fim-de-semana. É o terceiro ano que venho” destacou Isabel Sá de Vilarinho do Agrochão.

A Feira Romana também é um momento para incentivar a economia local com a venda de produtos endógenos. No espaço, estavam 20 produtores locais de diversas tipologias, que enalteceram a iniciativa:

“Estou a vender cestas, produzidas pelo meu pai, que aqui na zona são muito procuradas. O meu pai já há muito tempo que as faz e todos as gostam de as ver. Também estamos com os brinquedos e com a máquina das pipocas. Participo aqui na feita desde o primeiro ano. As vendas são boas, relativamente às cestas, contou Isabel Reis, expositora de Lamalonga.

“Tenho folares à venda, fiz 18 e só já tenho estes 4. Vendi tudo. Os doces da sertã que tinha aqui, já foram todos embora”, confessou Clarisse Miranda, de 73 anos, de Lamalonga.

“É a primeira vez que participo, vim porque tenho aqui um primo. Está a ser muito interessante e acho que é para repetir. Até ao momento está a correr muito bem. Vendemos canecas personalizadas na boa, artigos de criança, bijuteria em aço inoxidável, artesanato produzido pela minha esposa”, exprimiu Artur Batista.

A organização da feira esteve a cargo da Junta de Freguesia de Lamalonga. A presidente, Betina Gonçalves garante que as expetativas não ficaram aquém do esperado:

“As expetativas não saíram defraudadas, muito pelo contrário. Dentro daquilo que expetámos está a correr muito bem. Recebemos uma excursão de Braga que participou na caminhada, este sábado de manhã.

Os expositores são praticamente todos aqui da freguesia. A esmagadora maioria são daqui ou de freguesias vizinhas. Todos agricultores, ou seja, produtores primários, com agricultura sustentável. Este é um palanque para escoar os nossos produtos.”

O objetivo desta feira é torná-la cada vez mais histórica, acrescenta:

“Temos como missão, pouco a pouco, torná-la cada vez mais caraterística, ou seja, dentro do tema romano. E daí, tentarmos alcançar um objetivo, torná-la mais histórica, mais diferenciada do que já existe noutras feiras que se realizam noutras localidades e noutros concelhos.

A caminhada pela Via Romana XVII contou com cerca de 60 participantes, o almoço convívio de sábado com cerca de 150 pessoas, o mesmo número para o almoço de domingo, sensivelmente.

A abertura da Feira, decorreu pelas 15h30, no sábado, contou com a presença de Hernâni Dias, Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território e de Carlos Rodrigues, macedense, Assessor no Ministério da Agricultura e Pescas.

De seguida, houve a inauguração da Casa do Velório, uma obra que custou 70 mil euros e a visita à Igreja de Nossa Senhora dos Reis, que também foi requalificada, nomeadamente o soalho, com o auxilio da população. Um grupo de jovens de Lamalonga, que fizeram uma recolha de fundos para esse fim.

Esta Igreja é classificada como Monumento de Interesse Público, de estilo barroco. Na Igreja pode-se destacar o presépio, localizado, na parte esquerda deste local de culto e ainda, um conjunto de 17 pinturas, que constituem o maior e mais importante núcleo de pintura a óleo sobre tela da Diocese Bragança-Miranda, realizadas por Joaquim Manuel da Rocha, um dos principais pintores da capital no reinado de D. José e D. Maria I e por Domingos Teixeira Barreto.

Escrito por Rádio Onda Livre

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