Um evento que tem como objetivo regressar às origens históricas desta aldeia, onde decorreram um conjunto de atividades ligadas a esta temática, desde uma caminhada pela Via Romana XVII, visita ao património histórico da freguesia, ao largar de produção de azeite, à exploração de burros mirandeses, almoço convívios e muita animação musical.
Atividades que não deixaram os visitantes indiferentes:
“É a segunda vez que participo. Tenho amigos na aldeia e venho pela segunda vez participar. O que considero mais interessante na festa é ser um espaço pequeno como este, numa aldeia muito pequenina. Acho muita piada ao motivo da festa, à decoração. Todos os jogos que estão associados. O tiro ao arco que participo sempre. O almoço comunitário que decorre no domingo. É diferente e é uma mudança grande, em relação ao nosso quotidiano, na cidade” destaca, Sérgio Pombo, do Porto.
“Há três anos que venho à feira. Gosto das concentrações e de andar a pé. Como existe a a caminhada e a mostra dos carros clássicos e eu tenho esses dois vícios, venho sempre”, contou Marcelino Fernandes de Ervedosa, do concelho de Vinhais, que fica a 9 quilómetros.
“Vim até aqui para passar o fim-de-semana. É o terceiro ano que venho” destacou Isabel Sá de Vilarinho do Agrochão.
A Feira Romana também é um momento para incentivar a economia local com a venda de produtos endógenos. No espaço, estavam 20 produtores locais de diversas tipologias, que enalteceram a iniciativa:
“Estou a vender cestas, produzidas pelo meu pai, que aqui na zona são muito procuradas. O meu pai já há muito tempo que as faz e todos as gostam de as ver. Também estamos com os brinquedos e com a máquina das pipocas. Participo aqui na feita desde o primeiro ano. As vendas são boas, relativamente às cestas, contou Isabel Reis, expositora de Lamalonga.
“Tenho folares à venda, fiz 18 e só já tenho estes 4. Vendi tudo. Os doces da sertã que tinha aqui, já foram todos embora”, confessou Clarisse Miranda, de 73 anos, de Lamalonga.
“É a primeira vez que participo, vim porque tenho aqui um primo. Está a ser muito interessante e acho que é para repetir. Até ao momento está a correr muito bem. Vendemos canecas personalizadas na boa, artigos de criança, bijuteria em aço inoxidável, artesanato produzido pela minha esposa”, exprimiu Artur Batista.
A organização da feira esteve a cargo da Junta de Freguesia de Lamalonga. A presidente, Betina Gonçalves garante que as expetativas não ficaram aquém do esperado:
“As expetativas não saíram defraudadas, muito pelo contrário. Dentro daquilo que expetámos está a correr muito bem. Recebemos uma excursão de Braga que participou na caminhada, este sábado de manhã.
Os expositores são praticamente todos aqui da freguesia. A esmagadora maioria são daqui ou de freguesias vizinhas. Todos agricultores, ou seja, produtores primários, com agricultura sustentável. Este é um palanque para escoar os nossos produtos.”
O objetivo desta feira é torná-la cada vez mais histórica, acrescenta:
“Temos como missão, pouco a pouco, torná-la cada vez mais caraterística, ou seja, dentro do tema romano. E daí, tentarmos alcançar um objetivo, torná-la mais histórica, mais diferenciada do que já existe noutras feiras que se realizam noutras localidades e noutros concelhos.
A caminhada pela Via Romana XVII contou com cerca de 60 participantes, o almoço convívio de sábado com cerca de 150 pessoas, o mesmo número para o almoço de domingo, sensivelmente.
A abertura da Feira, decorreu pelas 15h30, no sábado, contou com a presença de Hernâni Dias, Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território e de Carlos Rodrigues, macedense, Assessor no Ministério da Agricultura e Pescas.
De seguida, houve a inauguração da Casa do Velório, uma obra que custou 70 mil euros e a visita à Igreja de Nossa Senhora dos Reis, que também foi requalificada, nomeadamente o soalho, com o auxilio da população. Um grupo de jovens de Lamalonga, que fizeram uma recolha de fundos para esse fim.
Esta Igreja é classificada como Monumento de Interesse Público, de estilo barroco. Na Igreja pode-se destacar o presépio, localizado, na parte esquerda deste local de culto e ainda, um conjunto de 17 pinturas, que constituem o maior e mais importante núcleo de pintura a óleo sobre tela da Diocese Bragança-Miranda, realizadas por Joaquim Manuel da Rocha, um dos principais pintores da capital no reinado de D. José e D. Maria I e por Domingos Teixeira Barreto.
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