A Cáritas Diocesana Bragança-Miranda está a angariar fundos para a compra de um reboque. Este veículo será usado em situações de catástrofe e socorro, pelo Grupo de Emergência e Catástrofes. Vai permitir levar o material necessário para ajudar a população. Hélder Pires, coordenador do projeto, explica que, na ocorrência que tiveram em Nuzedo, no concelho de Vinhais, demoraram muito tempo a chegar, devido a não terem já tudo armazenado e pronto a ser levado. “Tivemos essa experiência, com a ida para Nuzedo, em que a população teve de ser retirada de suas casas. Nós fomos prestar esse apoio mas, entre o acionamento da minha equipa e o arranque, o grupo demorou cerca de uma hora a ter tudo pronto para sair. Uma hora para nos organizarmos, uma hora para chegar ao local. Estamos a falar de um delay de duas horas para responder a uma situação de emergência e nós não podemos ter isso. Estamos a falar de um equipamento, que pode estar acondicionado, carregado com burros de mato, cobertores. Portanto, são equipamentos que podem estar de facto armazenados num reboque, numa garagem. A única questão é chegar ali com um carro atrelar e arrancar”.
O reboque custa mais de 8 mil euros. A Cáritas Diocesana está a organizar atividades para angariar o valor. No passado fim de semana, conseguiram quase 3 mil euros num concerto solidário. “O concerto foi uma surpresa enorme, a catedral ficou bem composta e conseguimos angariar cerca de três mil euros. Foi muito significativo, houve uma boa adesão”.
O Grupo de Emergência e Catástrofes é composto por uma equipa multidisciplinar de 70 pessoas. É a única resposta deste género no distrito, mas também no país. Todo o trabalho é feito por voluntários, que até a própria viatura disponibilizam. Por isso, a Cáritas quer ir mais longe e sonha poder vir a comprar uma carrinha.
A Cáritas Diocesana Bragança-Miranda está por isso a apelar ao espírito de solidariedade da população e até dos municípios, já que a área de atuação do Grupo de Emergência e Catástrofes é distrital. Até ao final do ano vão continuar a realizar ações para angariação de fundos. Esperam conseguir adquirir o reboque até ao final de 2025.
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