Tal como já tínhamos anunciado, este será um projeto ligado à arterapia, que vai recorrer a estratégias artísticas, promovido pela União das Mutualidades Portuguesas, em parceria com os concelhos de Macedo de Cavaleiros, Bragança e Mirandela.
Estes são alguns dos objetivos do projeto para combater a violência dos jovens que se assiste nos dias de hoje, a título de exemplo, como destacou Luís Alberto Silva, presidente do conselho de Administração da União de Mutualidades:
“Verifica-se este isolamento, que torna as crianças também mais violentas e anti-sociais. Depois a própria educação que deve existir na família e não existe. E depois, a criança é entregue à sociedade, numa educação que devia ser à própria família a dar. E as crianças vivem muito revoltadas. E algumas delas com algumas situações depressivas, com atitudes em procurar por termo à própria vida, porque não têm grande significado nesta existência. E nós vamos procurar de alguma forma, fazê-las sentir, com os pais, com os professores e alunos, melhor. Ou seja, com tudo e todos, para que se empenham naquilo que deve ser a nossa obrigação de preparar as crianças para o futuro”.
Desta forma, o objetivo é desenvolver competências sócio-emocionais nos jovens, destinado a 600 crianças, que se encontrem em vulnerabilidade social entre os 10 e os 19 anos, do 2º e 3º ciclos. Vão ser priorizadas crianças em medidas de inclusão e ou que sejam apontadas pela Comissão de Crianças e Jovens (CPCJ) ou pelos agrupamentos escolares, serviços de psicologia, pela Comissão Nacional de Promoção, sem estigmas associados, como salientou Benjamim Rodrigues, presidente da câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros:
“E que escolheram e muito bem, o território transmontano para fazer um trabalho para dotar competências para os jovens nas áreas sócio-emocionais e para a inclusão na comunidade. Este projeto envolve três agrupamentos escolares, Bragança, Macedo e Mirandela. Vai abranger cerca de 600 jovens. É um projeto muito válido e envolve três técnicos de áreas bem diferenciadas, que podem trabalhar em equipa, juntamente com os agrupamentos escolares, e com crianças, devidamente triadas, para que se possa transmitir competências, para que elas possam ser integradas normalmente na comunidade, sem qualquer discriminação ou em casos de inaptidão. Um projeto da educação social, da educação pelas artes e da psicologia. E desta forma, acreditamos que teremos crianças mais inclusivas, incluídas na comunidade e sem estigmas associados”.
Vão ser realizadas ações de capacitação, workshops e laboratórios colaborativos.
O projeto é promovido pela União de Mutualidades Portuguesas, em parceria com os municípios envolvidos.
Para o projeto será disponibilizado um veículo de passageiros, como acrescenta Luís Alberto Silva:
“Vamos ter aqui uma viatura para estas deslocações. Nós não queremos estar à distância. Se nós queremos que elas saiam das redes sociais, nós temos que estar com elas, à frente delas, a dar um abraço, ou a dar-lhe um beijo e ouvi-las que é fundamental”.
É cofinanciado pelo Programa Norte2030, no âmbito das Parceiras para a Inovação Social da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social (EMPIS), o investimento social será suportado em 20% pela Fundação Calouste Gulbenkian,O suporte técnico é oferecido pela Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto.O valor total do projeto é 265 mil euros, tem a duração de 36 meses.
A equipa técnica do projeto vai ser multidisciplinar e é constituída por um coordenador, um psicólogo, um educador social e ainda um técnico ligado às artes.
A sede do projeto será na Escola de Infância de Travanca.
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