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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Seca atrasa campanha da castanha e reduz calibre do fruto em Trás-os-Montes

 Apesar do atraso espera-se uma campanha "razoável" e castanha de boa qualidade


Em Trás-os-Montes, a campanha da castanha arrancou mais tarde do que o habitual. A seca prolongada e as temperaturas elevadas durante o verão atrasaram a maturação do fruto, que este ano apresenta um calibre mais pequeno. Segundo Carlos Moreira, produtor na freguesia de Zoio, no concelho de Bragança, este ano, além de a castanha ser pequena, é pouca. “As castanhas não cresceram. Parte disso foi da seca. Não tomaram bem a água e depois não desenvolveram”, lamentou, acrescentando que este ano além de “pequena é pouca e se não temos produção, não podemos vender”, frisou.

A poucos dias da Feira da Castanha de Vinhais e com o São Martinho à porta, celebrado a 11 de novembro, espera-se um bom magusto. E apesar do atraso na campanha e do pequeno calibre, Abel Pereira, presidente da ARBOREA - Associação Agro-Florestal da Terra Fria Transmontana, garante que o fruto será de boa qualidade. “O calibre é mais reduzido, é verdade, mas este ano temos duas boas notícias, o bichado não é muito intenso e o Gnomoniopsis o fungo que atacou em 2023, não deve ter expressão”, afirmou o presidente da ARBOREA. O dirigente lembra que o tamanho da castanha é consequência direta da falta de chuva. “O fruto não teve tempo de se formar. Com este sol e calor, acabou por desidratar, ficando mais pequeno”, explicou.

O presidente da ARBOREA vai mais longe e afirma que este atraso vai permitir que o preço de partida “não seja mau” na Terra Fria. “Normalmente, as zonas da Padrela, em Valpaços e da Terra Quente têm uma semana de avanço, o que faz com que, quando chega a vez da Terra Fria, o preço esteja em alta. Por isso, o atraso é sempre favorável para nós”, explicou Abel Pereira.

Ainda é cedo para fazer contas à colheita, mas produtores, como Carlos Moreira, admitem que não esperam grandes resultados este ano e preveem mesmo uma quebra. “No ano passado tive menos 40% do que em anos normais, mas este ano acho que vai ser ainda pior. Deve ser entre 50 e 60%”, estimou. Além da forte diminuição na produção, o calibre mais pequeno “poderá afetar o valor de venda”, disse.

Com a colheita ainda no início e a chuva dos últimos dias a trazer algum alento, os produtores preferem manter uma atitude prudente. Para Abel Pereira só se poderá fazer o balanço da campanha em meados de Dezembro, mas o presidente da ARBOREA mostrou-se confiante e afirmou que, este ano, será uma campanha razoável.

Escrito por Rádio Brigantia. 
Jornalista: Cindy Tomé

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