sábado, 23 de junho de 2018

Diocese vai homenagear Eurico Carrapatoso

A Diocese de Bragança-Miranda vai homenagear o compositor Eurico Carrapatoso, amanhã, dia 24 de Junho. A cerimónia terá lugar em Bragança, na igreja de S. Bento, pelas 21h, e é organizada pelo Secretariado da Pastoral da Cultura e Turismo.
Eurico Carrapatoso nasceu em 1962, em Alvites, concelho de Mirandela. É licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto tendo iniciado os estudos musicais em 1985. Docente de composição no Conservatório Nacional, a sua música tem vindo a ser executada, editada e difundida desde 1987.

O seu mérito foi sucessivamente reconhecido: 2011 foi distinguido pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura com o Prémio Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes; 2006 - UNESCO International Rostrum of Composers, Paris, com “O meu poemário infantil para tenor e orquestra”; 2004 - condecorado pelo Presidente da República com a Comenda da Ordem do Infante Dom Henrique; 2001 - distinguido pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal com o Prémio da Identidade Nacional; 1999 - Francisco de Lacerda Composition Prize; 1999 - UNESCO International Rostrum of Composers, Paris, com Deploração sobre a morte de Jorge Peixinho; 1998 - UNESCO International Rostrum of Composers, Paris, com Cinco melodias em forma de Montemel; 1998 – Prémio Lopes-Graça, Tomar. 

«A música parte de ideias simples, de processos técnicos claros. A gramática é transparente. A concepção não pretende ser alta como o Everest. Nem sequer como a Serra da Estrela. Chega-lhe bem ter a altitude da minha amada Serra de Bornes: mais pequena, mas minha. Mais do que no tempo-curto das paixões humanas, tentei lançar estas minhas obras no tempo-longo, naquele tempo que emana do abismo dantesco sobre o Douro no Penedo Durão, perto de Freixo de Espada à Cinta, ou que ressalta dos magalitos do Cromeleque dos Almendres, ali ao pé de Évora, que estão no mesmo sítio há quatro milénios e lá permanecerão outros tantos, após todos nós – eu, que escrevo, e vós, que ledes - sermos varridos da face da terra, na voragem da morte». 


Entre a sua extensa obra encontramos: Música de câmara, Música de câmara com voz, Ensembles, Música sinfónica, Música concertante, Música cénica, Música cénica – adaptações, Ópera, Música vocal-sinfónica, Música coral-sinfónica, Música a-cappella sacra, Música a-cappella profana, Harmonizações a-cappella. Não podendo elencar todos os títulos apresentamos Ciclo de Natal de 1991, In paradisum de 1994, e o Requiem à memória de Passos Manuel de 2004. 

É casado com a soprano Angélica Neto e tem dois filhos: António e Leonor. Algum do seu trabalho pode ser consultado AQUI.

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