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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO POR GRUPOS ETÁRIOS E SEXO - BRAGANÇA NA ÉPOCA CONTEMPORÂNEA (1820-2012)

A evolução da composição etária e por sexos da população do Concelho de Bragança, ao longo destes dois últimos séculos, foi influenciada pelos movimentos migratórios, pela progressiva redução da mortalidade – o que se traduziu, como vimos, no aumento da esperança de vida à nascença –, e pelos comportamentos face à fecundidade.
No princípio do século XIX (Gráficos n.º 3-6), a estrutura mantém uma forma piramidal, típica das sociedades pré-industriais, caracterizada por níveis de natalidade e mortalidade elevadas. Esta estrutura prolonga-se pelo século XX, pelo que, em 1960, o peso dos mais jovens continua a ser expressivo, embora seja visível o impacto dos movimentos migratórios, especialmente nas idades ativas masculinas.
Em 2011, Bragança está claramente envelhecida. Se no princípio do século XX, por cada 100 residentes no Concelho,  tinha menos de 15 anos e cinco podiam considerar-se idosos (65 e mais anos), isto é, havia 15 idosos por cada 100 jovens, em 2011 encontramos uma evidente inversão da estrutura etária (Gráficos n.º 3-6), resultado do efeito conjugado da quebra da natalidade, do aumento da esperança de vida e dos movimentos migratórios.
O resultado traduz-se num elevado índice de envelhecimento (188 idosos por cada 100 jovens) e numa supremacia das mulheres nas idades mais avançadas como resultado da sobremortalidade masculina, tal como se pode constatar nos valores das relações de masculinidade a partir dos 65 anos – 78 para os maiores de 65 anos e 61 para os 80 anos e mais.



Este progressivo envelhecimento torna-se ainda mais claro quando comparamos lado a lado a estrutura etária em 1801 e em 2011 (Gráfico n.º 7). Em 1801, mantém, como referimos, uma forma piramidal mas, duzentos anos mais tarde, a base da pirâmide é muito mais estreita – houve uma redução de quase 61% dos menores de 15 anos entre estes dois períodos, como resultado do declínio da natalidade, e um topo mais cheio, reflexo do aumento da longevidade e do peso dos mais idosos (grupo que teve uma variação de 322%). Repare-se que há uma distorção causada pela desigualdade entre os dois lados da pirâmide, que nunca é simétrica, da maior esperança de vida feminina, diferença que se vai acentuando ao longo do século XX, à medida que aumentam os valores deste indicador.

Título: Bragança na Época Contemporânea (1820-2012)
Edição: Câmara Municipal de Bragança
Investigação: CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade
Coordenação: Fernando de Sousa

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