O painel de azulejos de Júlio Resende é uma das obras em destaque na pousada Lucília Monteiro |
Com a reabilitação do edifício, renovou-se também
o mobiliário, quer da sala de estar quer dos quartos, com áreas desafogadas e camas decoradas com colchas de burel mirandês Lucília Monteiro |
A traça do edifício, ampliado por José Carlos Loureiro em 1996, foi respeitada nas reabilitações concluídas recentemente. “Os materiais primários da construção eram muito bons”, conta António Gonçalves, da família a quem o Grupo Pestana entregou a gestão desta Pousada de Portugal, há cinco anos. Curiosamente, o patriarca, Adérito Gonçalves, começou aqui a vida profissional e guarda boas memórias do passado, durante o qual serviu, inclusive, figuras de Estado como Marcelo Caetano e Américo Tomás. “Esta foi a minha escola, jamais imaginei que, após me ter estabelecido por conta própria, iria regressar”, diz o proprietário do restaurante O Geadas, um clássico brigantino, aberto há 33 anos.
A vieira com azedo de Vinhais (uma espécie de alheira, de travo mais vincado) é um dos pratos servidos no restaurante G, a enaltecer os produtos locais Lucília Monteiro |
O painel de azulejos de Júlio Resende e a lareira de granito tipicamente transmontana, ladeada de bancos, marcam a sala de estar, com mobiliário renovado. Tal como acontece nos quartos, com áreas desafogadas e camas decoradas com colchas de burel mirandês. Na discreta sala de jantar do Restaurante G, brilham as criações de Óscar Gonçalves, a enaltecer os produtos da região, desde o pregado com cuscos de Vinhais ao Ferrero Rocher de alheira, castanha e amêndoa. “Somos uma das portas do País, não faz sentido dar caviar aos turistas”, defende o chefe de cozinha. Porque é também pela gastronomia que querem afirmar o destino Bragança.
Joana Loureiro
Visão7
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