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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Miranda do Douro

Miranda do Douro é uma cidade do distrito de Bragança e da diocese de Bragança e Miranda, sede de concelho e de comarca. Fica no cimo de uma encosta um tanto abrupta, a 687 m de altitude, na alcantilada margem do rio Douro, olhando para a vastidão planáltica da margem esquerda do rio que se estende na direcção de Zamora e Salamanca. Ainda se abriga à sombra da muralha decrépita que durante anos lhe serviu de defesa contra as investidas de leoneses e castelhanos.

Estando Miranda do Douro adormecida no extremo NE do território português, numa área despovoada e agreste, a construção da sua grande barragem hidroeléctrica, permitiu o acesso a Espanha, fez com que nela se desenvolvesse notavelmente o comércio.

História

Ignora-se como começou o povoamento de Miranda do Douro. Sabe-se que foi ocupada pelos Mouros nos começos do século viu. D. Afonso Henriques, que a herdou de seus pais, vendo nela um ponto estratégico para a resistência ao poderio do reino leonês deu-lhe carta de foro em 1136, renovada em 1217 por D. Afonso II e por D. Dinis em 1286. Elevada à categoria de vila em 1325, D. João I, em ordem a reforçar-lhe o poderio e para aumento da sua população converteu-a em couto de homiziados. Em 1510 D. Manuel I outorgou-lhe foral novo.
Elevada a cabeça de diocese em 1545, D. João III concedeu-lhe a categoria de cidade por carta régia de 10 de Julho de 1545; contava então 1635 moradores. Por bula de 27 de Setembro de 1780 a sua diocese ficou unida à de Bragança com o bispo a residir nesta cidade, mas mantendo a igreja matriz de Miranda a categoria de Sé, ficando a diocese a denominar-se «de Bragança e Miranda».

Património Monumental

O Castelo afonsino de Miranda do Douro, reforçado por D. Dinis e D. João IV, foi quase todo destruído em 1760 pela explosão dum paiol da pólvora; além das muralhas subsiste a torre de menagem com as armas de Avis e o Arco de Nossa Senhora do Amparo. A Sé, de grande envergadura e harmonia de linhas sóbrias e verticais, foi edificada na 2.” metade do século XVI; na frontaria renascentista, duas altas torres unidas por um artístico balaústre ladeiam o pórtico; o corpo do templo, de planta cruciforme, é constituído por três naves, separadas por duas fiadas de três pilares quadrangulares, sustentando uma ampla abóbada de granito com nervuras cruzadas estelares; o altar-mor apresenta um retábulo renascentista composto por 56 imagens bíblicas em alto-relevo; a Catedral conserva o magnífico órgão que lhe foi dado na época joanina; uma das singularidades da Sé é a ingénua imagem do Menino Jesus da Cartolinha, datado de meados do século XIX, mas que corporaliza uma lenda que remonta à Guerra da Restauração (século XVII), durante a qual um rapazinho de espada em punho (depois identificado com o Menino Jesus) andou a percorrer as ruas da cidade atiçando a coragem dos seus moradores para fazerem frente aos Espanhóis.
O Paço Episcopal de Miranda do Douro, pouco depois de construído foi vítima de incêndio em 1706 dele resta o andar térreo com uma arcada contínua i amplas proporções transformado em local ajardinado. De registar ainda que na Rua da Costanilha se conservam casas quinhentistas de portas rectangulares e janelas estreitas floridas, entre elas sobressaindo: uma moradia toda de pedra com janelas geminadas; cachorros medievais esculpidos no granito; a velha Casa da Câmara alberga agora o museu; junto à porta medieval pode ver-se a Fonte dos Canos, construídos nos séculos XVII. Em Malhadas, 8 km a Norte podem ver-se uma excelente igreja românica com belo alpendre contíguo e um esplêndido cruzeiro. Em Duas Igrejas, 8 km a Oeste, conhecida pelo seu grupo folclórico de pauliteiros que personificam a cultura mirandesa, há uma igreja românica e um gruta com vestígios de arte rupestre.

Artesanato de Miranda do Douro

Característica de Miranda do Douro é a capa de honra, feita de burel ricamente bordada, com capuz e uma espécie de palácio nas costas, claramente inspirada na litúrgica capa de asperges gótica, e que é envergada por homens importantes. Continuam a fazer-se na região tecidos e saragoça e buréis bem como curtimento de couros. A cidade tem feira anual na segunda-feira de Páscoa.
As principais romarias do concelho são a de Nossa Senhora do Monte, a 15 de Agosto, realização em Duas Igrejas, e a de Nossa Senhora do Nazo, na freguesia da Póvoa em 7 e 8 de Setembro.

Gastronomia

Especialidades culinárias mirandesas são a posta de carne, o presunto ou salpicão e as trutas; no campo da doçaria surgem as súplicas, os sodos e os cavacos.

Atracções

Locais com bons panoramas na área do concelho de Miranda do Douro são o Pico de São Cristóvão e o Alto da Castanheira na Serra de Mogadouro. Miranda do Douro possui a pousada turística de Santa Catarina anexa à Barragem de Miranda.
Na área do concelho de Miranda do Douro encontram-se dois dos maiores empreendimentos hidroeléctricos portugueses ambos situados no troço do Douro internacional. A Barragem de Miranda do Douro, construída junto a um brusco cotovelo do rio, dista apenas um km da Sé; iniciadas as obras em 1956, o primeiro grupo de geradores entrou em funcionamento no mês de Agosto de 1960; a barragem mede no coroamento 263 m de largura, sendo de 80 m a sua altura acima das fundações; a potência total dos três geradores é de 174 MWh.
A Barragem do Picote, 20 km a SÓ, situada num impressionante estrangulamento do rio, começou a ser construída em Agosto de 1954, e começou a funcionar em Janeiro de 1958; a barragem tem a altura de 100 m e mede no coroamento 92,30 m, sendo a potência dos três geradores da ordem dos 180 MWh.
in:viagenstravel.com

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