Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Aparição - Vergílio Ferreira

Um homem chega a Évora... e nada será igual. Alberto Soares traz a dor recente da morte do pai, as dúvidas sobre a sua própria existência e a ignorância sobre a vida pacata da branca cidade alentejana.

A partir desta chegada sombria, do início das aulas no liceu, dos conhecimentos que trava no ano que lá passa, desenrola-se a questionação do papel do homem.
Vergílio Ferreira continuou neste livro a sua "quase" obra única: uma espécie de manifesto existencialista, de eterna colocação de perguntas sobre a função da humanidade neste território e da ausência de um deus que amenizasse a não-descoberta.
Publicado em 1959, Aparição permanece um dos romances mais importantes do século XX português. O quadro que pinta cidade alentejana, das suas gentes e dos seus costumes continua a fazer sentido e a encontrar semelhanças com a actualidade. Vergílio Ferreira também leccionou em Évora e os paralelismos autobiográficos sucedem-se, numa interligação com o papel de difusor de uma mensagem transcendental que Alberto desempenha. Em redor, a compor a moldura, temos Bexiguinha, Ana, o Doutor Moura, a Madame, o Bailote, a Cristina e uma Sofia que não cabe naquela época, tudo personagens que se imiscuíram na literatura e se repercutem na realidade. Afinal, a questão continua cada vez mais presente: quem sou eu?

Sem comentários:

Enviar um comentário