É notória a diversidade espacial deste elemento climático. De facto, em menos de 20 Km em linha recta (de Montesinho a Gimonde) podem observar-se diferenças na temperatura média anual superiores a 4ºC (Gonçalves, 1991). E nos 50 Km que distam do topo de Montesinho ao encontro Maçãs-Sabor a temperatura do ar sobe em média mais de 6ºC. A altitude é, no caso, o principal responsável por estas variações espaciais tão acusadas (Montesinho - 1.481 m; Gimonde - 530 m; Foz do Maçãs - abaixo dos 300 m).
Seguindo o ritmo das estações, a temperatura atinge, na maior parte do território, valores em torno dos 20ºC em Julho e Agosto, um pouco menores a Ocidente, pouco maiores nos planaltos orientais. Apenas nas cotas mais elevadas as temperaturas de Verão descem substancialmente (Montesinho, 16,5ºC); pelo contrário, a média do mês mais quente pode superar os 22ºC no encaixe do sistema Maçãs-Sabor. No mês mais frio, Janeiro, a temperatura média no território não ultrapassa os 4 - 5ºC, sendo bem menor nas áreas de serra (Montesinho, 1,5ºC) (INMG, 1991; Gonçalves, 1991).
Esta distribuição estacional evidencia contrastes térmicos muito marcados, porventura os mais expressivos do País, com amplitudes térmicas anuais da ordem dos 16ºC (Bragança, 16,2 ºC). A amplitude térmica anual é menor a Oeste e nas cotas mais elevadas (Montesinho, 15,1ºC), acentuando-se para Leste (Miranda do Douro, 16,9ºC), reflectindo claramente o efeito da continentalidade (INMG, 1991; Gonçalves, 1991).
in:rotaterrafria.com
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