Retrato de José Marcelino de Figueiredo |
Foi governador da Capitania do Rio Grande de São Pedro, de 1769 a 1771 e de 1773 a 1780. Pai de Bernardo Correia de Castro e Sepúlveda e de António Correia de Castro Sepúlveda.
Baptizado como Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda, a origem nobre encaminhou-o para o serviço militar. Conta a lenda que, muito jovem, foi apanhado na cama com a esposa de um oficial inglês e, descoberto, teve um duelo com o marido, o qual foi morto. A alegação de legítima defesa não foi aceite, tendo sido condenado à morte.
Porém, por ser filho de família influente, um dia apareceu no Rio de Janeiro com uma carta dirigida ao vice-rei, solicitando que o mandassem para o "fim do mundo".
Foi assim que, com o nome fictício de José Marcelino de Figueiredo, chegou à Capitania do Rio Grande, onde fez uma carreira-relâmpago e fundou várias cidades, para garantir a posse das terras para a Coroa Portuguesa.
Quando tomou posse do comando da Capitania do Rio Grande, em 23 de abril de 1769, não lhe agradou o local onde estava a capital, que era Viamão. Foi então visitar o Porto dos Casais, onde se tinham estabelecido os casais açorianos e, desde então, passou a trabalhar para que ali se instalasse a nova capital. Em 1771 foi autorizado pelo então vice-rei a preparar a localidade para aí sediar a capital.
De volta ao Rio de Janeiro em 1771, José Marcelino determinou que o seu substituto, o tenente-coronel António da Veiga de Andrade passasse a tratar da urbanização do Porto dos Casais.
Renomeado em 5 de abril de 1773, e de volta à província, realizou detalhada inspecção nas obras de transferência da capital, fixando a sua residência no Porto dos Casais no dia 25 de julho de 1773, data em que a localidade se transformou em capital da província.
Voltando a Portugal, teve actuação destacada na Revolta de Trás-os-Montes contra os franceses.
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