As precipitações na Terra Fria Transmontana apresentam assinalável variação espacial, desde mais de 1200mm nas áreas serranas centrais, a menos de 600mm nos encaixes do Douro Internacional e do Maçãs-Sabor na transição para a Terra Quente.
A relação entre Precipitação e Temperatura é muito clara e inversa, já que são determinadas ambas pela fisiografia e pelo mais ou menos acentuado efeito da continentalidade. A isoieta dos 800mm separa, grosso modo, os planaltos mais secos a Leste, dos planaltos e montanhas centrais e ocidentais, de maior pluviometria.
A distribuição das precipitações ao longo do ano segue, em todo o território, o regime mediterrânico. No semestre húmido (Outubro-Março) ocorrem em média 70% do total anual de precipitação, contra menos de 10% no trimestre seco (Junho-Agosto), tendo os restantes meses carácter de transição. Nos meses de Julho e Agosto as precipitações apenas excedem os 20mm mensais nas zonas serranas, situando-se em quase todo o território entre os 20 e os 10mm, raramente descendo para valores menores que 10mm (INMG, 1991; Gonçalves, 1991).
Mercê do frequente carácter local das chuvadas de menor altura pluviométrica, a correlação entre a precipitação anual e o número de dias de chuva é débil. No entanto, este número acompanha genericamente os totais anuais de precipitação: até aos 800mm o número de dias de chuva situa-se em regra abaixo dos 90 por ano; acima dos 1200mm é tendencialmente da ordem dos 110; entre os 800 e os 1200mm as precipitações do ano ocorrem em cerca de 95 dias. O número de dias de chuva em cada um dos meses do semestre húmido é, em regra, superior a 10. Os dias com chuvadas expressivas (superiores a 10mm), pelo contrário, mostram forte correlação com a precipitação anual, variando desde menos de 21 nas áreas mais secas do Leste do território, a mais de 42 dias anuais nas serranias centrais.
in:rotaterrafria.com
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