sexta-feira, 29 de maio de 2015

Aldeia de Rabal

Casa do Povo de Rabal
Rabal é uma freguesia portuguesa do concelho de Bragança, com 20,94 km² de área e 196 habitantes (2001). Densidade: 9,4 hab/km².
É uma terra de poucos recursos agrícolas e teve por volta de 1860 uma fábrica de destilação de vinhos.
Situada na área central do Parque Natural de Montesinho, a freguesia de Rabal dista uns oito quilómetros para o norte da capital concelhia, tendo acesso a esta através da fronteiriça E.N. 103-7 (Bragança – Portelo). O território desta freguesia, de natureza montanhosa em plena Serra de Montesinho, é atravessada pelo Rio Sabor, que tem suas nascentes alguns quilómetros para norte, junto à linha de fronteira.

História

Turismo Rural
O sábio etnólogo Leite de Vasconcelos atribui ao topónimo “Rabal” uma suposta origem etimológica em “ravanal” – terreno plantado de rábanos, espécies de nabo, como se sabe – aduzindo aliás como prova a existência de um trecho de documento, datado de 1159, onde se alude à “Villa que vocatur Ravanal, et est sita in território Bregantie”.
Do ponto de vista paisagístico, é esta uma área de grande beleza e valores patrimoniais naturais, alterando valados frondosos e aprazíveis com altivos e fragosos cabeços (alguns de curiosa toponímia, como Penamaior ou Penedo Penigueto). Assentando sobre uma colina de vertentes escarpadas e estrategicamente rodeada no sopé por duas pequenas, ribeiras, a eminência topográfica do Castro de Rabal conservaria ainda, pelos finais do século passado, “uns vestígios de fortificação em andares, que era formada de fossos e muros de pedra solta”. Surgiriam aí, com abundância, “mós de granito e fragmentos de lousa”. Não muito distante deste Castro, e tomando a direcção do sudoeste, seriam ainda visíveis outros vestígios de estruturas pétreas, estas correspondentes a uma derruída construção de planta circular e cerca de seis metros de diâmetro. 
O local dá pelo sugestivo nome de “Torre” e, embora surja arrolado em inventários de estações castrejas brigantinas, é natural que corresponda a espécie de atalaia baixo-medieval, provável “posto avançado” do Castelo de Bragança. As origens paroquiais deverão ser ainda um pouco mais remotas que a própria nacionalidade, atendendo à plausível antiguidade local do culto do respectivo orago, São Bartolomeu. Nas “Inquirições” do século XIII é aqui testemunhada a existência de uma honra, respeitada ainda por D. Dinis, por certo em razão da sua ancianidade.
A antiga freguesia de São Bartolomeu de Rabal foi reitoria da Casa de Bragança. Dividia-se, quanto às rendas, em quatro comendas, a que chamavam quartos, e estavam-lhe também anexas as comendas de Santa Olaia ou Eulália de Vila Meã e de São Vicente de Grademil. É uma terra de poucos recursos agrícolas. Teve por volta de 1860 uma fábrica de destilação de vinhos.

Património

O actual templo paroquial apresenta-se amplo e de equilibradas proporções, traindo na respectiva traça uma ampla reforma de reconstrução datável dos séculos XVII ou XVIII. Proporcionando o acesso ao coro há um anexo lateral, rematado ao alto por pequeno alpendre assente em um par de pílares quadrangulares, servindo por uma escadaria adossada ao alçado meridional (onde se abre um pórtico de verga curva). Na freguesia existe também uma Capela de São Sebastião. 
Outros valores patrimoniais edificados, estes de índole civil, são a Residência Paroquial e a Casa da Fonte, dois interessantes exemplares de arquitectura solarenga. Registe-se ainda diversos moinhos de água nas margens do Sabor.

in:cm-braganca.pt

1 comentário:

  1. Olá! Meu Pai nasceu nessa aldeia em 1901, veio para o brasil em 1920 aqui ele faleceu sem jamis poder voltar ao local de nascimento, ele costumava fazer relatos desse local onde ele foi muito feliz. Por isso gostaria de ter mais noticias antigas, fotos,imagens história da época. Costumo ver o que se postam sobre esse local e tenho curiosidade de saber um pouco mais.
    Desde já meu agradecimento.
    Nazaré, só para que saibam o nome de meu pai era Francisco Manoel Afonso.Tinha como irmãos Manoel, Maria que também veio para o Brasil, o marido de minha tia chamava-se Antonio Pinelo, também conhecido como tio passageiro, minha outra tia Amélia, seu marido tinha como sobrenome Lourenço.

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