Por: Fernando Calado
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)
Se temos…sentimos o brilho dos olhos como se novas madrugadas nascessem em cada gesto…ou como se a nossa presença estivesse inscrita no absolutamente necessário na harmonia universal.
Se não temos…os olhos ficam distantes e as palavras tardam na urgência de inventar mil Invernos.
…o silencio pesa e o frio vindo das longas ausências regela-nos a alma, à beira dum corpo que permanece moribundo perdido na essência do ter…
…vou para casa…e só a Estrelinha…a cadela mais fiel do mundo, acredita que o ser e o estar são verdadeiramente importante, levantando as patas num reconhecimento infindo…
...talvez a minha cadela seja como eu…reconhecida pelo pouco que se lhe dá…num privilégio assumido à dominância do ser…perante a precariedade do ter.
Fernando Calado nasceu em 1951, em Milhão, Bragança. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto e foi professor de Filosofia na Escola Secundária Abade de Baçal em Bragança. Curriculares do doutoramento na Universidade de Valladolid. Foi ainda professor na Escola Superior de Saúde de Bragança e no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros. Exerceu os cargos de Delegado dos Assuntos Consulares, Coordenador do Centro da Área Educativa e de Diretor do Centro de Formação Profissional do IEFP em Bragança.
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.
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