Com a crise há pessoas que já deixaram de comer fora de casa, o que contribui para a diminuição da clientela nos restaurantes. O aumento do IVA vem agravar a situação e a única solução para continuar a servir refeições é mesmo não alterar os preços.
“Há muitas pessoas que a primeira coisa que nos perguntam é se não aumentámos os preços. Se aumentássemos deixavam de vir”, constata Elisabete Raimundo, do Hotel/Restaurante Tulipa.
Já Acácio Ferreira, do restaurante Acácio, afirma que o negócio já sofreu uma quebra na ordem dos 80 por cento no ano passado e este ano o decréscimo ainda se acentuou mais. “Para já ainda não aumentámos os preços. Vamos ver até quando nos aguentamos”, afirma o empresário.
Para o presidente da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança (ACISB), António Carvalho, este aumento do IVA é incompreensível e vai contribuir para que muitos restaurantes em Bragança fechem as portas.
“Este aumento não tem razão de ser, porque vai levar muitas pessoas à insolvência. Todos os dias vemos casas a fechar. A restauração na nossa zona era extremamente importante, porque gostamos de atrair turistas, que são aqueles que nos trazem algumas mais valias e com este aumento vai ser um problema para os nossos associados da restauração”, lamenta António Carvalho.
Com uma taxa de IVA mais baixa na vizinha Espanha, o presidente da ACISB teme pelo futuro do comércio tradicional nas zonas fronteiriças, como é o caso de Bragança.
in:jornalnordeste.com
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