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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 17 de março de 2012

Bragança: Terra Fria aposta nos cogumelos para criar emprego e novas fontes de rendimento


Um rendimento extra anual de cinco mil euros pode estar ao alcance de quem tiver algumas árvores para plantar cogumelos na Terra Fria Transmontana e quiser apostar num recurso natural abundante do qual têm tirado proveito os vizinhos espanhóis.
A CORANE, Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina acredita que é possível criar emprego no meio rural explorando este recurso e conseguiu já estimular alguns projetos com formação e apoio técnico.
De um curso promovido por esta associação, que gere verbas de programas comunitários destinadas a pequenos projetos de desenvolvimento rural, resultaram a criação de uma associação micológica e duas iniciativas de emprego, segundo avançou hoje o técnico da CORANE, Filipe Marrão.
As duas iniciativas vão dar trabalho, ainda que algum sazonal, a doze pessoas "que vão ter um complemento (financeiro) interessante", segundo o técnico.
A aposta nos cogumelos surgiu no âmbito de um projeto desta associação de desenvolvimento para criar emprego no meio rural, e não exige grandes investimentos, segundo garantiu.
A proposta é "reproduzir" os conhecidos cogumelos silvestres e outros no espaço natural, e para isso basta ter algumas árvores de carvalhos, ou em pequenas instalações agrícolas, recriando as condições de crescimento, por exemplo em fardos de palha.
"Quem tenha uma instalação ou árvores, pode fazer um projeto familiar que lhe garante um rendimento interessante ao final do ano, que pode rondar os cinco mil euros", afiançou.
O maior constrangimento, segundo disse, é a falta de legislação nacional que proteja a propriedade de quem avançar com esta produção, já que atualmente é permitido apanhar cogumelos silvestres indiscriminadamente.
A Corane pretende juntar-se às entidades reivindicam a alteração da legislação e fazer chegar ao Governo a reivindicação da regulamentação urgente da apanha dos cogumelos.
"Em Espanha já há coutos privados onde não se pode apanhar indiscriminadamente, por isso os espanhóis vêm comprar aqui, na Terra Fria, onde qualquer pessoa pode entrar nas florestas, independentemente de quem é o dono da terra, apanhar este recurso e vende-lo aos intermediários espanhóis", exemplificou.
Todos os anos, no outono, as florestas transmontanas são esventradas por grupos de pessoas que apanham cogumelos silvestres para venderem a intermediários espanhóis.
Os espanhóis são quem tem aproveitado a mais valia deste recurso natural e a ideia agora é criar condições para que sejam as gentes locais a beneficiarem do peso económico deste produto, nomeadamente nos concelhos da Terra Fria: Bragança, Vimioso, Vinhais e Miranda do Douro.
Para mostrar o potencial deste recurso foi lançado "O Guia de Campo dos Cogumelos da Terra Fria", elaborado em parceria com os vizinhos espanhóis e que contem informação sobre 240 espécies de cogumelos e a sua importância económica.
Para o autor, António Sanches, o aproveitamento sustentado deste produto abre também outras oportunidades como o micoturismo, que, em Espanha, atrai pessoas na época da apanha para participaram em ações guiadas de campo.


HFI
Lusa

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