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SOBRE O BLOGUE:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
“Hope”, exposição de Mariana Gillot no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros
Desde sábado, dia 14, às 21H, e até ao dia 30 de junho, estará patente no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros a exposição “Hope” de Mariana Gillot.
Depois de em 2009 ter marcado presença no Centro Cultural numa exposição coletiva com Eva Alves e Inês Marcelo Curto, Mariana Gillot regressa a Macedo de Cavaleiros com um conjunto de peças que refletem o seu irónico olhar sobre o quotidiano. A sua obra é baseada nas relações humanas e a ligação entre estes e o mundo contemporâneo que os rodeia, gerando esculturas e instalações muito originais.
Hope é uma mostra do hoje, agora e do amanhã. Hope, surge como a apetecível concretização da ideia da semente, na terra, nutrida de esperança e amor que, certo dia trará seu fruto.
A semente que espera sozinha debaixo da terra, sem certezas, a água que chega viva e a lava, saciando-lhe a sede. A semente de fé, de uma sociedade e de um mundo, de um só formato, já de plástico, mumificado e surdo de um pleno consumismo. Um mundo que vive fechado num círculo, dentro de uma grande bola, onde a terra já estrumada e de certa forma envenenada, pelos normais defeitos, desta condição patente de humanos. Onde o homem deixou florir sem suportes ou fertilizantes as suas ganâncias, egoísmos e terrestres sentimentos.
Agora e nesta que, é a nossa ainda possível mutável realidade, a actualidade do colher e nada apanhar. Num mundo onde já quase tudo secou. Vamos esperar ou agir, abrindo a água dos bons sentimentos e suave ph, um novo acordar e um novo adormecer. Parando os tempos e seus senhores ditadores ponteiros dos relógios e dando a corda ao nosso, que é de todos, este anémico planeta, que insistimos fingir, não vislumbrar. Desapertar e deixar cair a capa que cega as nobres vontades de vida, para mesmo a doer e sem desistir, no intervalo do brincar aos reis, princesas e rainhas, aceitando existir neste que é por enquanto o nosso lugar, onde ainda existem centímetros quadrados de espaço para crescer e amar. Ou pelo menos onde ainda há tempo para no buraco negro do tempo evoluirmos, um pouco além desta nossa
primitiva forma de SER.
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