Um dos participantes era Artur Pegas, proprietário de uma empresa em Lisboa que vende programas turísticos no Nordeste Transmontano.
O empresário acha “estranho” que a região não saiba vender a marca do Parque Natural de Montesinho.“Houve aqui alguém que disse nesta conferência que Trás-os-Montes é uma jóia ainda por explorar. Aquilo que eu acho é que há um admirável mundo novo na área do ecoturismo que Trás-os-Montes ainda não descobriu, o que é estranho.
Porque o Parque Natural de Montesinho quando apareceu, apareceu com muita força que se foi esbatendo ao longo do tempo, a meu ver porque tem Sanábria aqui ao lado e, em termos de marketing, pelo menos no caso dos meus clientes, é muito mais reconhecido do que a marca Montesinho. Nesse aspecto acho que a realidade de Trás-os-Montes deve ser muito mais trabalhada, na perspectiva de lhe uma autenticidade que ela tem”.
Na opinião de Artur Pegas ainda há muito trabalho por fazer para dinamizar o ecoturismo nesta região.“Esse trabalho deve ser feito por todas as entidades. A começar pelo Parque Natural de Montesinho, câmaras, juntas de freguesia, empresas do distrito… Isso demora tempo. Ainda há muito trabalho a fazer”.Uma opinião diferente tem o proprietário de uma casa de turismo rural com mais de 20 anos numa aldeia do concelho de Zamora, nas arribas do Douro.
Victor Corral considera que o ecoturismo é uma área recente e que também há muito por fazer no país vizinho. Aconselha os transmontanos a investirem no sector pois acredita que o meio rural oferece várias oportunidades.“Para quem gosta de cinema ou teatro é melhor que não viva aqui. Mas se gostar de disfrutar daquilo que nos rodeia é uma maravilha!
A população urbana vai procurar-nos porque tem carências afectivas, de disfrutar de sítios, de gentes, fazer experiências como por exemplo, fazer queijo, comer boa comida, observar a fauna… Tem que ser criativo, trabalhar muito, ter uma boa estratégia de comunicação e marketing…senão pode tornar-se num trabalho difícil”.
Os empresários presentes tomaram notas e partilharam experiências. E apesar de poucos, também estiveram neste seminário futuros investidores. Eduarda Pereira que está desempregada e vê nesta área uma oportunidade para criar o próprio emprego.“Por um lado estou desempregada, por outro lado acredito que o ecoturismo é uma boa filosofia de vida e uma forma de contribuir para o desenvolvimento da minha região, que é considerada uma região certificada”, considerou.
O seminário “O meio rural e o Ecoturismo” foi organizado pelo Parque Biológico de Vinhais em conjunto com a Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino, de Miranda do Douro.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário