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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Blogue - Portugal revisitado em postais antigos

São cerca de 120 mil postais e bilhetes-postais antigos que ilustram o Portugal do final do século XIX e que atravessam grande parte do século XX. Imagens que marcaram a História do país, e que Hugo de Oliveira, emigrante em França há 20 anos, partilha na internet desde 2005. «Preservar o contacto com as origens» e dar a conhecer o país em forma de postal são dois dos grandes objectivos do Blogue «Portugal em Postais Antigos».
A Feira da Ladra, no campo de Santa Clara, em Lisboa, em 1910. A pesca em Esposende em 1914. Um vendedor de legumes nas ruas da capital, algures entre 1900 e 1910 Uma actuação de um rancho folclórico na Nazaré em 1900. Ou simples bilhetes-postais publicados entre 1885 e 1937.
Estes são apenas alguns exemplos de postais e bilhetes-postais de outros tempos e disponíveis, para consulta e venda, no blogue "Portugal em Postais Antigos".
A ideia, conta Hugo de Oliveira, um dos autores do blogue, consumou-se em 2005. O «recheio», como afirma, «não foi difícil de obter». «Material para o sítio não me faltava. Desde miúdo que colecciono postais. Outros, fui comprando anos mais tarde. E ainda hoje compro», refere.
«Sou apaixonado pelas colecções desde os 10 anos», recorda o luso-francês, de 39 anos, e que há 20 anos emigrou para Nantes, em França. Realça que desde a infância que juntava tudo, desde selos, moedas e até notas antigas.

«O gosto mesmo por coleccionar veio mais tarde». Tal como a colecção dos postais antigos sobre Portugal que hoje tem em casa e que tem digitalizado para o blogue.
Hugo de Oliveira esclarece que «compra tudo onde calha», desde a internet, em sítios especializados, como o Delcampe ou o Ebay, mas também nas lojas de colecções e feiras de antiguidade. «Com os anos, também, criei um bom relacionamento com alguns vendedores em Portugal. E contei com a preciosa ajuda do coleccionador João Cristiano Fontes, com quem fui partilhando trocas», explica Hugo de Oliveira.
O responsável sublinha que a ideia de criar o blogue «foi uma forma de preservar o contacto com as minhas raízes, porque moro longe das minhas origens». E acrescenta com alguma tristeza: «neste momento tenho poucas possibilidades de voltar. Há 20 anos em França, apenas fui a Portugal quatro vezes».
«Mostrar o passado»:
 Mostrar aos portugueses «como era o passado do país, algum até já desaparecido» em postais é também outro dos objectivos do blogue, já que «é fácil esquecer o que fomos rapidamente». «E é isso que também quero: que o passado não se esqueça».
Preservar e partilhar o nosso património, ao dispor de todos e criar uma «biblioteca virtual» acessível aos portugueses são outros dos objectivos do projecto, nas palavras de Hugo de Oliveira.

Os postais mais antigos, que podem ser consultados no blogue datam de 1900.Contudo, o responsável afirma que «antes dos postais existiam os chamados bilhetes-postais». E desses destaca um dos seus preferidos, de 1894, dedicado ao Infante D. Henrique.
Mas do Portugal antigo que pode ser revisitado neste espaço, há também muitas cidades que Hugo de Oliveiro adquiriu em forma de postal, entre elas, destaca Esposende, Porto, Évora, Lisboa e Montemor-o-Novo, esta última, terra natal do luso-francês.

Por fim, Hugo de Oliveira salienta que «o fascínio por estes temas e a tentativa de preservar o contacto com as minhas raízes é o grande desafio de quem, como eu, adora coleccionar».
E termina, citando um provérbio chinês como forma de explicar o que, garante, «a alma não consegue»: «‘Esquecer os nossos antepassados é qualquer coisa como haver um riacho sem nascente ou uma árvore sem raízes’».
 
Ana Clara; Fotos - Blogue «Portugal em Postais Antigos»
in:cafeportugal.net

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