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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Cordeiro Mirandês e Cabrito do Alentejo são produtos protegidos

É no Planalto Mirandês que existem
“as culturas agrícolas que são
a base de sustentação dos rebanhos" (Foto: Paulo Ricca)
A decisão é da Comissão Europeia. O Cordeiro (Canhono) Mirandês e o Cabrito do Alentejo, passam a integrar respectivamente a lista de Denominação de Origem Protegida (DOP) e a de Indicação Geográfica Protegida (IGP).
O Cordeiro Mirandês, da raça Churra Galega, é criado no Planalto Mirandês (concelhos de Miranda do Douro, Vimioso e Mogadouro) e, sublinha o caderno de especificações para a denominação DOP, “é desde há muitos anos o garante da sobrevivência das populações da região”.
Para um produto ser considerado DOP é necessário, precisamente, que seja provado que é originário de um determinado local, que lhe deu o nome, e que tem uma forte ligação com essa região – ou seja, que as suas características estão intimamente ligadas ao clima, tipo de alimentação e formas de produção locais.
É no Planalto Mirandês, refere o caderno, que existem “as culturas agrícolas que são a base de sustentação dos rebanhos, assim como os factores humanos necessários à boa condução e maneio dos animais”. Condições às quais se soma “o saber cortar e a forma de manusear a carne e de realizar a desmancha da carcaça”. O documento salienta ainda que esta carne é apresentada em vários pratos tradicionais da região, como o Ensopado de Cordeiro Mirandês, o Cordeiro Mirandês assado na brasa, e a Caldeirada de Cordeiro Mirandês.
Quanto ao Cabrito do Alentejo, foi-lhe reconhecida a Indicação Geográfica Protegida, o que significa que “pelo menos uma parte do seu ciclo produtivo tem origem no local que lhe dá o nome”, o que permite ligar algumas das características do produto “aos solos, ao clima, às raças animais, variedades vegetais ou saber fazer das pessoas” da região.
Tratam-se de animais (neste caso o cabrito de leite) de raça Caprina Serpentina, que deverão estar inscritos no Livro de Registo Zootécnico ou no Livro Genealógico de Raça Caprina Serpentina. A Qualifica, entidade que certifica produtos tradicionais portugueses, descreve a carne como tendo “um baixo teor de tecido adiposo”, que permite aos animais mais jovens terem uma “gordura de cor branca e carne pálida”.
Para limpar as matas
Ainda segundo a Qualifica, não é fácil determinar a origem destes caprinos portugueses. A existência de caprinos no Alentejo é conhecida “desde sempre”, apesar de muitas vezes não se lhes atribuir grande valor, sendo utilizados sobretudo para manter a limpeza das matas. “A referência mais antiga ao consumo de cabrito encontra-se no Livro de Cozinha da Infanta D. Maria, datado da época de quinhentos”, refere. O nome Serpentina tem a ver com o território original da Serra de Serpa, de onde estes caprinos se estenderam depois para todo o Alentejo.
Portugal já tem uma série de produtos reconhecidos como DOP pela legislação europeia, entre os quais azeites de diferentes regiões, carne de bovinos, caprinos, suínos e ovinos, frutos frescos, secos, queijos e doces. Entre os IGP destacam-se muitos enchidos.
Para além dos produtos portugueses agora integrados nas listas DOP e IGP, a Comissão Europeia acaba também de reconhecer os espargos alemães da região de Abensberg (IGP); as cerejas italianas Ciliegia di Vignola (IGP); os mariscos (vieiras) de ilha britânica de Man (DOP); e a kraska panceta, produto tradicional de charcutaria seca da Eslovénia (IGP).

Jornal Público

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