Sem as verbas da Política Agrícola Comum (PAC) o sector não teria sobrevivido na região transmontana.
A conclusão saiu de um debate realizado ontem, no Instituto Politécnico de Bragança, no âmbito de uma iniciativa organizada pelo Centro Europe Direct para comemorar os 50 anos da PAC.Tendo em conta que agricultura da região é pouco competitiva, os apoios comunitários permitiram aos agricultores manter a actividade. “O facto de haver uma série de incentivos e subsídios e de apoio às raças autóctones para elas não acabarem, permitiu aos agricultores continuar a fazer uma agricultura e conseguir rendimentos suficientes para perdurar”, afirma a coordenadora do Centro Europe Direct de Bragança, acrescentando que “os produtos de qualidade ligados às produções tradicionais foram muito beneficiados por estas medidas de desenvolvimento rural, em particular em Trás-os-Montes”. E numa altura em que a PAC está a ser objecto de reforma espera-se que não traga desvantagens aos produtores locais. “Há sempre muita pressão nas negociações ao nível da União Europeia para que se gaste cada vez menos dinheiro com a agricultura”, considera Sílvia Nobre.
Mas “a ideia é que alguns agricultores extensivos, como é o caso daqui da região e que não são muito competitivos, possam não sair prejudicados e já não estou a dizer beneficiados, pois as novas propostas podem ter aspectos favoráveis a isso”, acrescenta. “Não me parece que o panorama seja muito fatalistas, mas é claro que também não é tão bom como a gente gostaria”, conclui.
Para assinalar os 50 anos da PAC e além deste debate, ontem organizado, o Centro Europe Direct de Bragança tem patente, até sexta-feira, na Escola Superior Agrária, uma exposição para assinalar o percurso da construção europeia no sector agrícola.
Escrito por Brigantia
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