O mais antigo feriado civil, o 1.º de Dezembro, celebra-se sábado, pela última vez, após um ano de contestação à sua abolição, e a criação de um movimento para "restaurar" o feriado da Restauração da Independência.
A suspensão do 1.º de Dezembro começou a ser falada há um ano, por proposta do Governo, que apresentou uma lista de quatro feriados (dois civis e dois religiosos) que tencionava eliminar, para aumentar a produtividade.
Segundo um estudo do investigador do Centro de Pesquisas e Estudos Sociais da Universidade Lusófona, Luís Bento, cada feriado custa à economia portuguesa cerca de 37 milhões de euros.
A proposta governamental criou uma onda de protestos. Historiadores e académicos subscreveram um documento, classificando de "evidente demagogia" a ligação entre dias de trabalho e produtividade.
Várias personalidades, entre as quais se destacou o deputado José Ribeiro e Castro, criticaram a opção de apagar "o mais importante feriado nacional", que assinala o dia em que se iniciou uma revolta contra o domínio espanhol.
A Sociedade Histórica da Independência de Portugal considerou o anúncio da extinção do feriado como “um murro ao patriotismo”, e um outro grupo, do qual faz parte Ribeiro e Castro, criou o Movimento 1.º de Dezembro, com o principal intuito de restaurar o feriado nacional.
Enquanto deputado do CDS-PP na Assembleia da República, o responsável do movimento votou contra o Código do Trabalho, por prever a eliminação de quatro feriados, em particular o que assinala a restauração da independência.
Apesar da contestação, as novas regras do Código de Trabalho foram publicadas em junho deste ano, contemplando a abolição do feriado.
Poucos dias depois, o Movimento 1.º de Dezembro e a Sociedade Histórica da Independência de Portugal assinaram um protocolo para lutar “pela defesa e pela restauração” do feriado nacional.
Já este mês, Ribeiro e Castro divulgou o projeto de promover, no sábado, um desfile de bandas filarmónicas em Lisboa, com o intuito de inaugurar uma "tradição" de "cunho popular" na capital.
As celebrações do Dia da Restauração da Independência vão reproduzir-se em várias cidades do país.
Na tarde de sábado, bandas filarmónicas vão recordar as lutas de 1640, desfilando em várias cidades dos distritos de Viana do Castelo, Bragança, Porto, Aveiro, Viseu, Guarda, Coimbra, Leiria, Castelo Branco, Lisboa, Santarém, Portalegre, Évora, Setúbal e Beja.
Criado na segunda metade do século XIX, o 1.º de Dezembro é o feriado civil mais antigo, tendo sobrevivido à I República, ao Estado Novo e à chegada da democracia.
Menos de uma semana após a revolução republicana de 1910, um decreto acabou com os feriados religiosos e instituiu apenas cinco dias de "folga nacional". Os republicanos aceitaram apenas uma celebração civil vinda da monarquia: o feriado que marca a Restauração da Independência, em relação a Espanha.
A suspensão do 1.º de Dezembro começou a ser falada há um ano, por proposta do Governo, que apresentou uma lista de quatro feriados (dois civis e dois religiosos) que tencionava eliminar, para aumentar a produtividade.
Segundo um estudo do investigador do Centro de Pesquisas e Estudos Sociais da Universidade Lusófona, Luís Bento, cada feriado custa à economia portuguesa cerca de 37 milhões de euros.
A proposta governamental criou uma onda de protestos. Historiadores e académicos subscreveram um documento, classificando de "evidente demagogia" a ligação entre dias de trabalho e produtividade.
Várias personalidades, entre as quais se destacou o deputado José Ribeiro e Castro, criticaram a opção de apagar "o mais importante feriado nacional", que assinala o dia em que se iniciou uma revolta contra o domínio espanhol.
A Sociedade Histórica da Independência de Portugal considerou o anúncio da extinção do feriado como “um murro ao patriotismo”, e um outro grupo, do qual faz parte Ribeiro e Castro, criou o Movimento 1.º de Dezembro, com o principal intuito de restaurar o feriado nacional.
Enquanto deputado do CDS-PP na Assembleia da República, o responsável do movimento votou contra o Código do Trabalho, por prever a eliminação de quatro feriados, em particular o que assinala a restauração da independência.
Apesar da contestação, as novas regras do Código de Trabalho foram publicadas em junho deste ano, contemplando a abolição do feriado.
Poucos dias depois, o Movimento 1.º de Dezembro e a Sociedade Histórica da Independência de Portugal assinaram um protocolo para lutar “pela defesa e pela restauração” do feriado nacional.
Já este mês, Ribeiro e Castro divulgou o projeto de promover, no sábado, um desfile de bandas filarmónicas em Lisboa, com o intuito de inaugurar uma "tradição" de "cunho popular" na capital.
As celebrações do Dia da Restauração da Independência vão reproduzir-se em várias cidades do país.
Na tarde de sábado, bandas filarmónicas vão recordar as lutas de 1640, desfilando em várias cidades dos distritos de Viana do Castelo, Bragança, Porto, Aveiro, Viseu, Guarda, Coimbra, Leiria, Castelo Branco, Lisboa, Santarém, Portalegre, Évora, Setúbal e Beja.
Criado na segunda metade do século XIX, o 1.º de Dezembro é o feriado civil mais antigo, tendo sobrevivido à I República, ao Estado Novo e à chegada da democracia.
Menos de uma semana após a revolução republicana de 1910, um decreto acabou com os feriados religiosos e instituiu apenas cinco dias de "folga nacional". Os republicanos aceitaram apenas uma celebração civil vinda da monarquia: o feriado que marca a Restauração da Independência, em relação a Espanha.
Sem comentários:
Enviar um comentário