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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 10 de março de 2013

A CTMAD de Guimarães (1972-) e o CRTADP (1984-) como símbolos da dispersão interna recente


As casas de Guimarães e do Porto são duas das que surgiram no contexto da última
vaga de êxodo rural para as grandes cidades portuguesas, respectivamente em 1972 e
1984. Todavia, ambas vinham detrás: a comunidade vimaranense reunia-se regularmente
(mas informalmente) desde os anos 60, em piqueniques e festas; a portuense tivera
representações no início de novecentos e no pós-II guerra Mundial, ambas efémeras mas com impacto associativo e público, nomeadamente no auxílio a vítimas das cheias de 1909 (Avelanoso, 1925: 2) e na promoção da imagem da província.
Embora recentes, aquelas casas também apoiam a sua existência numa forte componente de apoio material, com paralelo no contexto da designada emigração económica (Trindade e Caeiro, 2000: 80), embora mais centradas nas redes de contactos do que na assistência.
Aproveitam também a função recreativa: a necessidade de se ter um espaço de encontro e de convívio após o trabalho e durante os curtos tempos de lazer.
Através da oferta de serviços atractivos (bar, restaurante), de festas cíclicas tradicionais,
de jogos colectivos e de meios de comunicação ainda não acessíveis a todos ou cuja recepção em conjunto é valorizada (caso do jornal e da telefonia, mas, sobretudo, da televisão; ver, respectivamente, boletim Além Marão, p. e., “Como nasceu…”, 1975; e Gonçalves, 2002).
O afrontamento político-partidário foi praticado por certos dirigentes do transmontanismo, acabando por prejudicar as próprias instituições: vejam-se as críticas à Casa do Barroso no Porto (Fonte, 1979; Borges, 1980; “Desmentido... ”, 1980), ao Movimento Democrático Português (partido de esquerda) e à Câmara Municipal de Guimarães (“Somos…”, 1979). Também Silva (2003), analisando o associativismo luso-brasileiro de São Paulo, demonstra que, muitas vezes, o grau de discricionaridade e o carreirismo dos dirigentes associativos acaba por comprometer a própria confiança na instituição e na união de esforços, diminuindo o impacto e representatividade sociais.

Daniel Melo

AQUÉM DO MARÃO
O associativismo regionalista transmontano em Portugal e na diáspora

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