Número total de visualizações do Blogue
Pesquisar neste blogue
Aderir a este Blogue
Sobre o Blogue
SOBRE O BLOGUE:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
domingo, 10 de março de 2013
A CTMAD de Guimarães (1972-) e o CRTADP (1984-) como símbolos da dispersão interna recente
As casas de Guimarães e do Porto são duas das que surgiram no contexto da última
vaga de êxodo rural para as grandes cidades portuguesas, respectivamente em 1972 e
1984. Todavia, ambas vinham detrás: a comunidade vimaranense reunia-se regularmente
(mas informalmente) desde os anos 60, em piqueniques e festas; a portuense tivera
representações no início de novecentos e no pós-II guerra Mundial, ambas efémeras mas com impacto associativo e público, nomeadamente no auxílio a vítimas das cheias de 1909 (Avelanoso, 1925: 2) e na promoção da imagem da província.
Embora recentes, aquelas casas também apoiam a sua existência numa forte componente de apoio material, com paralelo no contexto da designada emigração económica (Trindade e Caeiro, 2000: 80), embora mais centradas nas redes de contactos do que na assistência.
Aproveitam também a função recreativa: a necessidade de se ter um espaço de encontro e de convívio após o trabalho e durante os curtos tempos de lazer.
Através da oferta de serviços atractivos (bar, restaurante), de festas cíclicas tradicionais,
de jogos colectivos e de meios de comunicação ainda não acessíveis a todos ou cuja recepção em conjunto é valorizada (caso do jornal e da telefonia, mas, sobretudo, da televisão; ver, respectivamente, boletim Além Marão, p. e., “Como nasceu…”, 1975; e Gonçalves, 2002).
O afrontamento político-partidário foi praticado por certos dirigentes do transmontanismo, acabando por prejudicar as próprias instituições: vejam-se as críticas à Casa do Barroso no Porto (Fonte, 1979; Borges, 1980; “Desmentido... ”, 1980), ao Movimento Democrático Português (partido de esquerda) e à Câmara Municipal de Guimarães (“Somos…”, 1979). Também Silva (2003), analisando o associativismo luso-brasileiro de São Paulo, demonstra que, muitas vezes, o grau de discricionaridade e o carreirismo dos dirigentes associativos acaba por comprometer a própria confiança na instituição e na união de esforços, diminuindo o impacto e representatividade sociais.
Daniel Melo
AQUÉM DO MARÃO
O associativismo regionalista transmontano em Portugal e na diáspora
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário